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PEV acusa PSD de aderir a 'chico-espertismo' do PS sobre novo aeroporto

O PEV acusou hoje o PSD de ter dado uma "monumental cambalhota" ao mostrar disponibilidade para alterar a lei que permitiu a dois municípios vetar a construção do novo aeroporto no Montijo, apelidando esta decisão de "chico-espertismo".

PEV acusa PSD de aderir a 'chico-espertismo' do PS sobre novo aeroporto
Notícias ao Minuto

16:23 - 09/09/21 por Lusa

Política PEV

"O aeroporto voltou a ser também notícia porque o PSD veio recentemente lembrar-nos a monumental cambalhota que deu nesta matéria", disse o deputado de "Os Verdes" José Luís Ferreira, durante uma declaração política no parlamento.

O deputado ecologista recordou que os sociais-democratas começaram por "mostrar indisponibilidade para alterar" a legislação para "processos concretos, desafiando o Governo a negociar com os respetivos municípios" afetados pela construção do aeroporto.

No entanto, prosseguiu, o PSD veio agora "manifestar toda a disponibilidade para alterar a mesma lei" e juntou-se ao PS para alterar uma lei que até agora evita "que o interesse nacional desvalorize ou ignore literalmente o interesse local".

José Luís Ferreira acrescentou que alterar a lei, "porque alguns municípios afetados não deram parecer que agradasse ao Governo, é mais uma atitude de 'chico-espertismo' do que de governação".

"É colocar em causa a lealdade do processo, o que naturalmente retira legitimidade à decisão e empobrece as regras democráticas que estavam estabelecidas no início do processo e que só vão ser alteradas a meio do processo porque o resultado não foi o que o governo pretendia", completou.

A bancada parlamentar do PEV sustentou que socialistas e sociais-democratas "acenam com o tal interesse superior", mas a opção de construir o aeroporto no Montijo é "exclusivamente movida pelos interesses" da Vinci: "A opção Montijo não é um projeto do país, não é um projeto nacional, é um projeto de uma multinacional".

José Luís Ferreira acusou ainda PS e PSD de não quererem perder votos com esta decisão, empurrando-a para depois das eleições autárquicas de 26 de setembro.

"Dito por outras palavras, depois de passarem as eleições autárquicas, PS e PSD vão retirar competências às autarquias, só porque as autarquias deram um parecer que não agrada ao Governo, ou melhor, PS e PSD pretendem calar os municípios que não alinham na conversa da Vinci", completou.

Acusando estes dois partidos de alimentarem uma polémica que considerou não ser baseada em critérios científicos, apenas em "conversa fiada", o eleito disse que era "importante que todos os elementos fossem tidos em conta" no dia das eleições.

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