O atual presidente da Câmara Municipal do Porto e recandidato ao cargo, Rui Moreira, deu, na noite desta segunda-feira, uma entrevista à TVI24 sobre as suas pretensões para os próximos quatro anos e o atual estado da Invicta.

O autarca independente, que este ano conta com o apoio do CDS-PP e da Iniciativa Liberal, começou por garantir que está tranquilo relativamente ao polémico caso Selminho, em que é acusado de favorecer a imobiliária da família.

"Aguardo tranquilamente pelo desfecho em tribunal", afiançou, reiterando a sua inocência.

"Aquilo que é importante em democracia é que os eleitores não votem ao engano. Em primeiro lugar queria reafirmar a minha total inocência [...]. Os eleitores do Porto sabem e têm consciência que a minha família nunca recebeu nenhuma indemnização, nem nunca irá receber. Têm consciência que a minha família tinha um terreno, que era seu, e que hoje esse terreno, fruto do que aconteceu no meu mandato, passou a ser da câmara do Porto sem qualquer pagamento", explicou.

Quanto às sondagens, que o apontam como vencedor, o autarca relembrou que tem  "adversários capazes, aguerridos". Contudo, não esconde que seria mais fácil governar se atingisse uma maioria.

"Não escondo que para nós é mais fácil, e a meu ver é melhor para a cidade, se tivermos uma maioria na Assembleia municipal, porque conseguimos resolver problemas mais depressa", defendeu.

Objetivos futuros

Sobre a habitação acessível, Rui Moreira recordou que o Porto tem, neste momento, "três grandes projetos a decorrer". Um a ocidente, em Lordelo do Ouro, outro no centro, no quartel Monte Pedral e um terceiro no Monte da Bela, em Campanhã. "Nesses três, pretendemos construir cerca de mil casas para renda acessível", explicou o governante, acrescentando, contudo, que a cidade precisava de mais de 3 mil casas de habitação social.

"Destas casas já construímos 260. Até agora, o Estado ainda não entregou um tostão à Câmara Municipal do Porto. Aliás sei que a mesma coisa se passa em Vila Nova de Gaia, mas nós acreditamos que vai chegar esse dinheiro e, portanto, nós estamos a fazer este investimento e estamos a desenvolver os projetos. Agora, infelizmente, as coisas não se fazem de um dia para o outro, as coisas têm o seu tempo", respondeu às críticas que lhe têm sido feitas quanto a este tema.

Entre outros objetivos futuros, Rui Moreira destacou ainda o "reabilitar a cidade [...] criar boas condições de vida para os portuenses. Cuidar dos mais velhos, fazer da cidade do Porto uma cidade mais atraente".

"Ter água barata e de qualidade, transportes gratuitos às pessoas até aos 18 anos, oferecer serviços aos mais velhos. Estes são de facto os nossos objetivos", concluiu.

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