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"Se nada for feito, eletricidade vai aumentar 10 euros na fatura mensal"

Catarina Martins defendeu que o "aumento da fatura elétrica" no país "é um problema social e económico grave e que é preciso atuar quanto antes". A líder do BE apontou três "não respostas" ao Governo sobre o preço da energia em Portugal e apresentou duas propostas para serem aplicadas "o quanto antes".

"Se nada for feito, eletricidade vai aumentar 10 euros na fatura mensal"
Notícias ao Minuto

11:19 - 06/09/21 por Notícias ao Minuto

Política BE

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, alertou, esta segunda-feira, para o progressivo aumento que se tem registado no país do preço da eletricidade. 

"Neste momento, o preço da energia no mercado é já o triplo do que era em 2019. Se nada for feito a eletricidade em Portugal vai aumentar em 2022, segundo os cálculos que foram feitos, cerca de 10 euros na fatura mensal, pelo menos", começou por apontar a dirigente bloquista, em declarações aos jornalistas, esta manhã, em Lisboa.  

Salientando que esta "escalada dos preços da energia" pode "até continuar a agravar-se", Catarina Martins considerou que "o aumento da fatura elétrica é um problema social e económico grave e que é preciso atuar quanto antes" para o travar. 

"Lembro que Portugal tem dos preços mais altos da energia na Europa em paridade com o poder de compra", acrescentou. 

As três "não respostas" do Governo

Assim, a líder do BE defendeu que as três respostas que o Governo tem apresentado para colmatar este problema são, aos olhos do partido, "não respostas"

Em primeiro lugar, começou por esclarecer Catarina Martins, o Executivo "tem dito que a entrada da energia solar no sistema vai baixar o preço da energia". Ainda que tenham decorrido leilões com o preço da energia solar "bem mais baixo", a dirigente salientou que "essas centrais não estão ainda ligadas sequer à rede e que demorará entre dois a três anos para que o preço do solar tenha algum efeito positivo na fatura da eletricidade". 

Depois, para o BE, o compromisso na redução dos preços na energia é eólica também algo que "não acontece". "O Governo não quis alterar aquele 'jackpot' que Passos Coelho em 2013 deu às produtoras eólicas, garantindo preços, mesmo depois dos 15 anos de contrato inicial. (...) Se 'jackpot' não acabar o preço da energia eólica não diminuirá mais", acrescentou. 

Por fim, Catarina Martins, afirmou que Executivo "acha que o fundo ambiental deve financiar a descida do preço aos consumidores domésticos para não mexer nada nas rendas excessivas que os produtores da energia estão a receber". "Do nosso ponto de vista, isto é profundamente errado", declarou. 

As soluções do BE 

Assim, a coordenadora bloquista recordou que "há mecanismos ao alcance do Governo para baixar o preço da energia "sem desistir da transição climática", expondo as seguintes propostas: 

  • "Garantir que as barragens não são remuneradas como as centrais emissoras de CO2. É excessivo, não tem nenhum sentido"; 
  • "Acabar com a extensão por mais cinco anos das remunerações às eólicas excessivas que foram feitas por Passos Coelho, que o Governo socialista já devia ter acabado". 

"Não sendo todas as respostas que precisamos para o mercado da energia, com estas duas propostas iriamos acautelar o preço da energia (...) e não colocaríamos as metas de eficiência energética e transição climática em causa", rematou, apelando ao Governo que aplique estas propostas "o quanto antes". 

Leia Também: Afeganistão. Catarina Martins apela a mudança na política internacional

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