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"Proposta de Temido como candidata à liderança do PS é ridícula"
Francisco Louçã analisou o Congresso do PS, em particular a questão mais falada e que nem estava em cima da mesa: a liderança do partido em 2023.
© Global Imagens
Política Francisco Louçã
No passado fim de semana decorreu o Congresso do PS, cujo principal destaque foi um tema que não estava em discussão, as candidaturas de potenciais sucessores de António Costa à liderança socialista em 2023.
No seu espaço de comentário na SIC Notícias, Francisco Louçã analisou o congresso e abordou essa questão que centrou as atenções.
“A única grande discussão, e que foi até mais discutida à margem do que no próprio Congresso, foi o tema que não estava no Congresso”, salientou o economista.
“Do Congresso propriamente dito não nos lembramos de muita coisa. Não houve contradição, mas isso são as condições do partido. Há uma hegemonia muito clara de António Costa, que é governante, e era pouco natural que houvesse uma grande polémica. Mas também não surgiu um discurso sobre o que pode ser a ambição deste mandato ou do próximo, a sequência das políticas do PS, como resolver as contradições que têm surgido, porque é uma governação que tem tido altos e baixos. Mesmo a própria apreciação da pandemia creio que deixou só uma promessa muito genérica sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, acrescentou Louçã, que depois reduziu o leque de candidatos à liderança do PS em 2023 a apenas um.
“De todos eles, entendamos há um único candidato à liderança, afirmado, consequente e que mal acabou o congresso foi fazer campanha autárquica no terreno, para organizar a sua influência no aparelho, na estrutura do partido que é muito pesada. Ou seja, no momento atual o único candidato alternativo a António Costa, esperando não o defrontar mas substituí-lo, é Pedro Nuno Santos. Não há mais nenhum”, assinalou Francisco Louçã.
Sobre a hipótese Marta Temido, que foi muito falada durante o congresso após António Costa ter sugerido o seu nome entre potenciais candidatos à sua sucessão, Louçã considera que o “objetivo foi entreter, desviar atenções”. “É um truque” de António Costa, referiu.
“A proposta de Marta Temido como candidata à liderança do PS é ridícula, não tem sentido nenhum. Ela própria pôs-se à margem dessa discussão, dizendo que não tinha muito sentido”, observou o antigo líder do Bloco de Esquerda.
Leia Também: Candidatura a secretária-geral do PS? "Nunca se sabe", diz Marta Temido
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