É preciso "coragem" e "vontade" para "alterações estruturais"
A coordenadora do BE afirmou hoje que o país está "num momento de enorme responsabilidade", considerando que "é preciso" haver "coragem" e "vontade" para "alterações estruturais" em "nome do trabalho, saúde e serviços públicos que respondam a todos".
© Rita Franca/NurPhoto via Getty Images
Política Bloco de Esquerda
Catarina Martins falava, nos Açores, após uma visita às instalações do Ecoparque de São Miguel, acompanhada pelo dirigente regional do BE, António Lima, e pelos candidatos do Bloco às Câmaras de Ponta Delgada (Vera Pires), da Ribeira Grande (Jessica Pacheco) e da Lagoa (Mário Rui Pacheco).
Questionada sobre as negociações orçamentais e sobre a perspetiva que tem em relação a um possível acordo com o Governo socialista, a coordenadora do BE disse que o partido "está muito preocupado" em relação "a matérias que não são novidade".
"O Governo tem tido pouca vontade de mexer seja o que for do ponto de vista estrutural. Nós precisamos de alterações estruturais para responder a problemas estruturais", sublinhou a coordenadora do BE, em declarações aos jornalistas.
Na sua opinião, "para recuperar a economia" e "o país" é "preciso ir às questões fundamentais das condições de vida das pessoas".
"E sem esta capacidade e vontade de fazer estas alterações estruturais em nome do trabalho, em nome de serviços públicos que respondam a todos, a recuperação não vai acontecer", vincou.
Catarina Martins reiterou que "é preciso garantir uma pensão digna" e "reforma a quem trabalhou toda uma vida", um "salário a quem tem congelamento há tantos anos e vê a sua vida com tanta dificuldade" e assegurar às "gerações precárias" um "contrato de trabalho, um salário digno".
"Essa será a nossa luta. Nunca abandonamos o nosso mandato, a nossa responsabilidade", sublinhou a coordenadora do BE.
E reforçou: "nós não conseguiremos que os milhões de euros que são prometidos de recuperação para o país cheguem às pessoas se não alterarmos nada estruturalmente".
Nas declarações aos jornalistas, Catarina Martins disse que "é preciso força à esquerda no país para haver coragem para tomar medidas que têm a ver com os direitos fundamentais dos cidadãos" do país, de "quem trabalha e com questões tão fundamentais que não podem continuar esquecidas como as alterações climáticas".
A líder bloquista frisou ainda que o partido "está a trabalhar para aquilo que as pessoas já sabem", nomeadamente para "garantir as condições do Serviço Nacional de Saúde e garantir as condições para quem trabalhou toda uma vida e tem direito a uma reforma digna".
"Achamos que estamos num momento em que não basta gerir as coisas tal como elas estão. Estamos num momento de uma enorme responsabilidade em o que se nos pede é a coragem de fazer alterações estruturais", defendeu.
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