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Congresso do PS: Tema da sucessão de Costa levou "a três equívocos"

Marques Mendes destacou ainda a estreia no PS "em grande" da ministra da Saúde, Marta Temido e a "excelente" intervenção final de António Costa.

Congresso do PS: Tema da sucessão de Costa levou "a três equívocos"
Notícias ao Minuto

22:44 - 29/08/21 por Notícias ao Minuto

Política Marques Mendes

Luís Marques Mendes fez, este domingo, no seu espaço de comentário na SIC, uma análise sobre o 23º Congresso do Partido Socialista (PS), que decorreu durante este fim de semana, em Portimão.

Para o antigo dirigente do PSD, a reunião socialista ficou marcada pela especulação sobre a sucessão de António Costa, enquanto secretário-geral do PS, que levou inevitavelmente a três equívocos no congresso. 

O primeiro, começou por enumerar Marques Mendes, foi o facto de "dentro do congresso ninguém querer falar da sucessão de António Costa daqui a dois anos, mas à margem do mesmo todos falarem da sucessão" no espaço mediático. 

Em segundo lugar, o comentador considerou que houve "um grande erro" da parte de quem organizou o congresso. "Não queriam tratar, discutir ou especular sobre a sucessão de António Costa, mas depois fizeram no palco uma bancada com os quatro que se fala que são potenciais sucessores de António Costa. Ou seja, quem organizou o congresso tomou uma iniciativa que gerava logo especulação sobre um tema que não queriam especular. Quem teve esta ideia, devia ter uma espécie de prémio Nobel do disparate", defendeu. 

Por último, Marques Mendes considerou que "o pior de todos os equívocos" é que, "visto de fora em termos analíticos", "fica esta ideia que de um lado está Pedro Nuno Santos e que do outro há uma espécie de coligação negativa" contra o ministro das Infraestruturas na corrida à liderança do partido. 

Recordando que Pedro Nuno Santos é um candidato assumido a secretário-geral do PS há cerca de três anos, o ex-dirigente social democrata apontou que o que se tem visto é, "de tempos a tempos", o lançamento de nome de um candidato para à liderança que se oponha ao ministro.  

"Foi Fernando Medina primeiro, depois foi Ana Catarina Mendes, mais recentemente Mariana Vieira da Silva e agora no fim de semana foi Marta Temido. Parece que o primeiro-ministro anda à procura de um adversário e que está disponível para que haja um líder do PS seja ele qual for desde que não seja Pedro Nuno Santos", salientou. 

Ainda sobre o congresso, Marques Mendes concluiu que "não teve grande história" e que "foi uma espécie de grande comício autárquico". 

Para além do tema da sucessão de António Costa, o comentador destacou a estreia no PS "em grande" da ministra da Saúde, Marta Temido, que "foi entusiasticamente apoiada no congresso", e o "excelente" discurso do líder socialista no encerramento do evento, que foi uma intervenção "bem pensada, estruturada e sobretudo virada para fora, para as pessoas, para o país, com uma ideia de futuro, ainda que a curto prazo". 

Leia Também: Candidatura a secretária-geral do PS? "Nunca se sabe", diz Marta Temido

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