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BE acusa Governo de não ter medidas para os problemas que diagnostica

A coordenadora do Bloco de Esquerda afirmou hoje concordar com uma parte do diagnóstico feito pelo primeiro-ministro sobre o estado do país, mas sublinhou que as medidas implementadas ou anunciadas pelo Governo "não têm capacidade para resolver os problemas".

BE acusa Governo de não ter medidas para os problemas que diagnostica
Notícias ao Minuto

19:07 - 28/08/21 por Lusa

Política BE

Em declarações aos jornalistas em Braga, à margem do Fórum Socialismo, Catarina Martins manifestou ainda "enorme disponibilidade" do Bloco para discutir e eventualmente viabilizar o próximo Orçamento do Estado, desde que o Governo aceite alterações estruturais em áreas como o trabalho, saúde e segurança social.

"Há uma lição que esta crise [pandémica] nos deu e que faltou talvez no diagnóstico do primeiro-ministro, que é o facto deque atrasar medidas ou ter anúncio de medidas que não chegam ao terreno é também agravar a crise", referiu.

Numa reação à intervenção de António Costa no congresso do PS, Catarina Martins admitiu que o diagnóstico de alguns dos problemas do país está correto, mas adiantou que as preocupações elencadas não têm correspondência nas medidas tomadas.

"Quando ouço as preocupações muito justas sobre a habitação, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) ou o trabalho, não deixo também de pensar que as medidas que o Governo colocou no terreno até agora e que está a preparar não respondem aos problemas que são diagnosticados", criticou.

Para a líder do Bloco, é preciso "fazer muito mais" desde logo no SNS, para garantir "um programa de recuperação de todos os cuidados não covid".

Catarina Martins disse que é igualmente preciso "fazer muito mais" nas questões laborais para combater a precariedade, considerando que nenhuma das medidas que o Governo entregou na concertação social "vai à raiz dos problemas".

"O diagnóstico é certo, mas as medidas não têm capacidade para resolver os problemas", disse ainda.

Catarina Martins reiterou que o BE tem "enorme disponibilidade" para, no âmbito do próximo Orçamento do Estado, discutir mudanças estruturais que resolvam os problemas do SNS, no trabalho e nos apoios sociais.

"Tivemos [enorme disponibilidade] no ano passado, mantemos neste, com prioridades que temos vindo a elencar e que não mudaram (...). Dissemos sempre que era preciso mais no SNS, mais no apoio social e rápido a quem perdeu tudo e combater a precariedade com medidas estruturais", referiu.

Segundo a líder do Bloco, no ano passado, o Governo "não quis aceitar nenhuma das propostas do BE e recusou qualquer alteração estrutural nestes campos fundamentais", razão pela qual o partido votou contra o Orçamento.

"Esperemos que este ano o Governo queira fazer alguma mudança estrutural para resolver estes problemas que são estruturais eles também. Aguardamos", vincou.

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