O PSD quer saber qual a razão que está por detrás do facto de a Direção-Geral da Saúde (DGS) ter decidido não administrar duas doses a recuperados, motivo pelo qual o Grupo Parlamentar enviou uma pergunta ao Governo: "Qual o critério ou critérios que sustentam a atual decisão da DGS de administrar apenas uma dose de um esquema vacinal de duas doses contra a Covid-19 a indivíduos que tenham estado infetados e tenham recuperado da doença?"
Realçando que o vice-almirante Gouveia e Melo, coordenador da Task Force, "descartou qualquer impedimento logístico para a administração de duas doses", os sociais democratas decidiram questionar a ministra Marta Temido, responsável pela pasta da Saúde, sobre qual o critério para a decisão aplicada, que diz o PSD vai "contra a recomendação do ECDC".
Numa nota a que o Notícias ao Minuto teve acesso, o PSD refere que "a atual norma da Direção Geral de Saúde determina que aos indivíduos previamente infetados com o Sars-Cov-2 deve ser administrada apenas uma dose de vacina, de um esquema vacinal de duas doses", norma que, sustenta o PSD, "contraria a recomendação científica do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC), que aconselha a administração de duas doses de vacina contra a Covid-19 a pessoas de risco, mesmo que tenham estado anteriormente infetadas com o Sars-Cov-2".
"Não havendo constrangimentos logísticos", diz o Grupo Parlamentar social-democrata, "e perante a existência de uma recomendação científica em sentido inverso, carece de sustentação da norma da DGS em vigor", considera.
Leia aqui a missiva do PSD dirigida à ministra da Saúde
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