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Relatório da OCDE sobre PME dá razão ao Bloco, diz Catarina Martins

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, disse hoje que o relatório da OCDE que coloca Portugal entre os países que menos apoio deu as pequenas e médias empresas (PME) durante a pandemia, vem dar razão ao partido.

Relatório da OCDE sobre PME dá razão ao Bloco, diz Catarina Martins
Notícias ao Minuto

17:45 - 05/07/21 por Lusa

Política Bloco de Esquerda

"Infelizmente só dá razão ao que o Bloco tem dito", observou, em declarações aos jornalistas, no Porto, à margem de encontro com trabalhadores da Altice em risco de despedimento.

Um relatório da OCDE, conhecido hoje, revela que a ajuda do Estado às pequenas e médias (PME) durante a pandemia não chegou a um quarto destas empresas, colocando os apoios atribuídos por Portugal nos segundos mais baixos entre os 37 países da OCDE. Só a Finlândia gastou menos, mas até ajudou mais empresas.

O documento, citado pelo Público, revela que o auxílio direto estatal rondou os 3,6% do Produto Interno Bruto (PIB), sendo que uma em cada quatro PME não recebeu qualquer ajuda.

De acordo com o relatório da OCDE, houve 25,5% de PME (com quebra de vendas de 40% ou mais) sem qualquer ajuda, direta ou indireta (diferimento de impostos, garantias públicas, etc.) num período de crise.

Catarina Martins lembrou que o partido tem apresentado "consistentemente" e "coerentemente" propostas sobre a possibilidade de se fazer mais para dar apoio social e económico aos setores paralisados pela pandemia de Covid-19.

Ao final da manhã, num comentário ao relatório da OCDE, o presidente do PSD, Rui Rio, defendeu que a escassez dos apoios às pequenas e médias empresas (PME) durante a pandemia é consequência da "falta de juízo" dos sucessivos governos socialistas na gestão da dívida pública.

"Nós mesmo que tivéssemos um governo melhor que este e mais amigo das empresas nunca conseguíamos fazer o que os outros fazem, porque não tivemos juízo ao longo do tempo", afirmou Rui Rio, que participou, no Porto, no Ciclo de Conferências da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) "MPE XXI -- Qual o Futuro?".

Em declarações aos jornalistas, Rio, reiterou o que havia dito durante a conferência, e acusou o PS, hoje com o apoio parlamentar da esquerda, de ser o responsável por ter levado a dívida pública para patamares de hoje.

"O principal erro do PS, não é tanto este agora, mas é toda uma governação que foi feita no passado, fundamentalmente no tempo do PS que levou a divida pública para patamares absolutamente brutais", observou.

Para o social-democrata, com uma dívida pública perto 140%, ou 130% "se não fosse a pandemia", Portugal não tem a capacidade de países como a Alemanha, cuja dívida pública é "menos de metade" da portuguesa, e que, por isso, tem uma capacidade "brutal para ajudar as empresas".

Rio considera, contudo, que estes constrangimentos justificam apenas "que não se apoie tanto quanto se deveria, e queria apoiar, mas não justifica que [o apoio] seja tão escasso".

"Tão escasso assim deve-se à burocracia do Estado, e deve-se a um Governo que não é sensível à vida das empresas, designadamente um Governo que não bastava ser do PS, tem como apoio parlamentar o Bloco de Esquerda e o PCP, portanto estamos a pedir o impossível com esta política", rematou, defendendo que tem de haver uma mudança de política.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.980.935 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 183,7 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente feito pela agência France Presse.

Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.117 pessoas e foram registados 890.571 casos de infeção, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

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