Meteorologia

  • 20 ABRIL 2024
Tempo
19º
MIN 15º MÁX 23º

MAI está "sem rumo". PSD acusa Governo de tratar polícias com "desprezo"

O PSD acusou hoje o Governo de tratar as forças de segurança com "total desprezo", na sequência da proposta do Executivo para o montante do subsídio de risco, valor que o partido considerou "absolutamente irrisório".

MAI está "sem rumo". PSD acusa Governo de tratar polícias com "desprezo"
Notícias ao Minuto

17:06 - 01/07/21 por Lusa

Política MAI

Numa declaração aos jornalistas na Assembleia da República, em Lisboa, o deputado social-democrata Carlos Peixoto referiu que o partido, "em sede de Orçamento do Estado, apresentou uma proposta que foi integrada no orçamento no sentido de o Governo negociar até ontem [quarta-feira] os suplementos de risco das forças de segurança", nomeadamente da GNR e da PSP.

"O resultado que ontem vimos e ouvimos indignou e chocou os agentes da GNR e da PSP, que foram prendados com uma média de 58,30 euros", considerou.

O deputado considerou que "o ministro da Administração Interna não tem a menor força junto dos seus parceiros do Conselho de Ministros no sentido de impor ao ministro das Finanças uma outra valorização do ponto de vista remuneratório, de valor e de quantitativo de subsídio que consiga prever um risco adequado e justo relativamente a estas forças de segurança".

Por isso, está "fraco, à deriva, sem nenhum tipo de rumo", disse.

Contudo, para os sociais-democratas, "o grande responsável político por isto tudo chama-se António Costa, é primeiro-ministro, porque contra tudo, contra todos, de olhos vendados mantém o seu ministro da Administração Interna em funções quando ele nem sequer consegue acudir às forças de segurança que devem estar no nosso país, num Estado de Direito, verdadeiramente valorizadas, que é isso que não acontece".

Em comunicado enviado na quarta-feira aos jornalistas, o Ministério da Administração Interna indicou que a proposta apresentada às associações socioprofissionais da GNR e aos sindicatos da PSP prevê pagamento adicional aos elementos da GNR e PSP durante 14 meses e representa mais de 43 milhões de euros.

O ministério refere que a proposta para a componente fixa do suplemento por serviço nas forças de segurança (atualmente de 31 euros) prevê 100 euros por mês para os elementos em funções de ronda e patrulha, 90 euros para quem têm funções de comando e 80 euros para os restantes operacionais da PSP e GNR.

No entanto, as estruturas que representam os agentes alegam que, na prática, os elementos da PSP e da GNR só vão ter um aumento de 68, 59 e 48 euros respetivamente, tendo em conta que atualmente a componente fixa do suplemento de serviço nas forças de segurança é de 31 euros.

Na ótica do PSD, isto revela que "o Governo está a tratar as forças de segurança com desconsideração e sem respeito, com um total desprezo", pelo que o partido manifestou "muita preocupação" com a situação e também "uma palavra de solidariedade" para com estas forças de segurança.

"Não é possível, não é viável que um Estado que deve demonstrar a sua autoridade através da mobilização, da motivação das forças de segurança, apenas os incentive com suplemento deste valor, que é absolutamente irrisório enquanto comparado com outros valores pagos a outras forças de segurança que, não tendo exatamente as mesmas funções, têm exatamente a mesma natureza de suplemento de risco", criticou o deputado do PSD.

Numa comparação, Carlos Peixoto indicou que um "inspetor do SEF recebe mensalmente um suplemento de risco de 405,88 euros, um agente da PJ recebe mensalmente um suplemento de risco de 340 euros".

Leia Também: É preciso investigar "quem é que permitiu" eventuais crimes de Berardo

Recomendados para si

;
Campo obrigatório