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PAN critica execução orçamental e avisa: Governo "vai ter de se esforçar"

A porta-voz do PAN considerou hoje que o Governo "tem ficado muito aquém das necessidades" do país e alertou o executivo de António Costa que "vai ter de se esforçar" para a negociação do próximo Orçamento do Estado.

PAN critica execução orçamental e avisa: Governo "vai ter de se esforçar"
Notícias ao Minuto

13:54 - 22/06/21 por Lusa

Política OE2022

"Este Governo tem ficado muito aquém das necessidades que o país enfrenta, quer do ponto de vista socioeconómico, quer do ponto de vista da transição energética que temos que fazer", disse Inês Sousa Real em entrevista hoje à Antena 1.

Para a porta-voz do PAN, isso verifica-se na execução orçamental e também dos fundos comunitários.

Por isso, fez "uma avaliação negativa sem dúvida absolutamente nenhuma" no que toca à execução do orçamento "não apenas deste ano mas de anos anteriores".

Sobre o Orçamento do Estado para 2022, Inês Sousa Real disse que ainda não começaram as negociações, mas o partido pediu uma reunião ao Governo para saber o ponto de situação da execução das medidas do orçamento deste ano, reiterando que essa é uma das condições do PAN.

"O Governo se quer de facto assumir um compromisso de diálogo e de negociação vai ter que se esforçar e vai ter que, de uma forma mais séria, executar as medidas que são aprovadas pela Assembleia da República", frisou, defendendo que o próximo orçamento "não é um orçamento qualquer", uma vez que "vai levar adiante as bases de uma retoma económica e social para o país".

Sobre linhas vermelhas, a líder manifestou-se contra "as borlas fiscais à indústria petrolífera" e defendeu a renegociação de parcerias público-privadas e do contrato do Novo Banco, tendo assinalado também o combate à precariedade e a sustentabilidade da Segurança Social.

Questionada se o PAN poderá ocupar o lugar do Bloco de Esquerda na "geringonça", Inês Sousa Real afirmou que o partido não pretende "substituir ninguém".

No que toca às próximas eleições legislativas, que deverão decorrer em 2023, a porta-voz indicou como objetivo manter um grupo parlamentar e eleger mais deputados, mas insistiu que o PAN "tem de estar desde logo preparado para poder ser Governo se os portugueses assim o entenderem", indicando que o PAN quer "mais responsabilidade".

E salientou que no que refere a acordos ou coligações pós-eleitorais, "tudo isso dependerá do contexto político à data que se verificar, mas uma coisa é certa, para o PAN é fundamental que qualquer futuro executivo tenha presente que tem de haver uma disrupção com a forma de política que tem sido até agora prosseguida".

Recusando "fazer futurologia", a líder indicou que "há uma série de linhas vermelhas que tinham de ser ponderadas", e admitiu também viabilizar Orçamentos do Estado de um Governo PSD, tal como aconteceu com este Governo socialista (por via da abstenção), "desde que se aproximem das reais necessidades das populações e daquilo que é a agenda do PAN".

No que toca às eleições autárquicas, em setembro ou outubro, a expectativa é eleger vereadores, o que Inês Sousa Real antecipou que poderá ser fácil nas áreas metropolitanas do Porto e Lisboa.

O PAN já apresentou a escritora Manuela Gonzaga como candidata à Câmara Municipal de Lisboa e, segundo Inês Sousa Real, "em breve" será indicado o cabeça de lista ao município do Porto.

Na entrevista, a porta-voz criticou também a gestão da pandemia de covid-19, falando num "processo atabalhoado e atrapalhado", em falta de planeamento e em mensagens contraditórias, e indicou que a aparente divergência entre primeiro-ministro e Presidente da República "em nada ajuda aquilo que tem de ser uma mensagem clara" de que Portugal ainda atravessa "uma situação bastante complexa do ponto de vista sanitário".

Na sua ótica, a "fase das boas graças" de Marcelo Rebelo de Sousa "acabou no anterior mandato" e "há uma mudança de registo do Presidente da República face à atuação do Governo".

A ex-líder parlamentar do Pessoas-Animais-Natureza foi eleita no início do mês porta-voz do partido, com 87% dos votos, num congresso que decorreu em Tomar (distrito de Santarém).

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