"Passos renasce para lembrar que não há limites para o descaramento"
Ex-primeiro-ministro acusou a Esquerda de "desqualificar" o Serviço Nacional de Saúde (SNS). "Julga que nascemos todos ontem", comenta Porfírio Silva. "Passos Coelho renasce enfim, para lembrar o país e toda a humanidade que não há limites para o descaramento", diz José Gusmão.
Política SNS
O ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho acusou esta quarta-feira a Esquerda de "desqualificar" o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Declarações proferidas durante a apresentação de um livro, em Lisboa, e que já suscitaram reações à Esquerda.
"Passos acusa a esquerda de 'desqualificar' o SNS e diz que a direita é que está 'sempre a tentar salvá-lo'. Passos julga que nascemos todos ontem: que não nos lembramos do que fizeram e que acreditamos em histórias da carochinha", comentou Porfírio Silva, nas redes sociais.
Passos acusa a esquerda de “desqualificar” o SNS e diz que a direita é que está “sempre a tentar salvá-lo”. Passos julga que nascemos todos ontem: que não nos lembramos do que fizeram e que acreditamos em histórias da carochinha.
— Porfírio Silva (@especulativa) June 16, 2021
O eurodeputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão, assinalou, com ironia, que "as direitas fizeram o maior corte orçamental da nossa democracia no Serviço Nacional de Saúde para o 'salvar' e evitar a sua 'desqualificação'", acrescentando: "Passos Coelho renasce enfim, para lembrar o país e toda a humanidade que não há limites para o descaramento".
As direitas fizeram o maior corte orçamental da nossa democracia no Serviço Nacional de Saúde para o "salvar" e evitar a sua "desqualificação".
— José Gusmão (@joseggusmao) June 17, 2021
Passos Coelho renasce enfim, para lembrar o país e toda a humanidade que não há limites para o descaramento. pic.twitter.com/QcgYb7fn9z
Numa intervenção de mais de 50 minutos, acompanhada na primeira fila pelo candidato à Câmara de Lisboa Carlos Moedas, Passos apontou "um paradoxo" à Esquerda no domínio da saúde em particular.
"Seria imperdoável que a esquerda, que diz que é uma espécie de 'alma mater' do SNS o esteja a desqualificar desta maneira e que seja a o que se chama de direita sempre a tentar salvar a situação e ver se lhe consegue dar sustentabilidade", disse, criticando o que chamou de "estatização" do SNS, que considera ter resultado na falta de atração dos profissionais e na degradação de equipamentos e serviços prestados.
Sem referir destinatários, Passo Coelho deixou o que classificou de uma sugestão de atuação política.
"Bem sei que há muitas reformas que gostaríamos que fossem tão consensuais que durassem o suficiente para que se vissem resultados. Mas espero que as forças políticas não fiquem à espera uma das outras, o país não pode perder continuamente com este jogo", apelou.
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