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Ambiente morno em debate com o ministro Matos Fernandes no parlamento

O debate com o ministro do Ambiente, hoje no parlamento, teve siglas e milhões e só aqueceu com o duelo com a coordenadora do BE que o acusou de defender mais os "negócios do que os recursos naturais".

Ambiente morno em debate com o ministro Matos Fernandes no parlamento
Notícias ao Minuto

17:54 - 16/06/21 por Lusa

Política Ambiente

Catarina Martins aproveitou o debate temático, que mais de três horas, na Assembleia da República, em Lisboa, para repetir e explicar as acusações feitas a João Pedro Matos Fernandes, que, no fim de semana, considerou "infames e infundadas".

Hoje, o ministro não repetiu a frase mesmo depois de ouvir as acusações de Catarina Martins, seja na "complacência com anos de atraso da EDP no cumprimento das obrigações ambientais da concessão das barragens", seja devido a "mega-empreendimentos turísticos entre Tróia e Sines" ou ainda a entrega de uma avaliação ambiental da Política Agrícola Comum a uma empresa dirigida por um ex-secretário de Estado do CDS, "autor da famosa lei do eucalipto e agora dirige a associação patronal das celuloses".

O ministro respondeu com ironia que não faz parte da associação de celuloses e rebateu a crítica da falta da participação das populações quanto à lei das minas, dando o exemplo das sessões de esclarecimento obrigatórias seja qual for a dimensão dos projetos mineiros.

Antes, o PSD, através de Luís Leite Ramos, criticou a falta de respostas do Ministério do Ambiente a perguntas dos deputados e o atraso na divulgação do relatório anual do estado do Ambiente, questionando se o Governo quer esconder alguma coisa, ou ainda sobre a lei dos solos contaminados.

Pelo PCP, o deputado Duarte Alves qualificou a "venda das seis barragens da EDP ao consórcio francês Engie" como um "monumental escândalo fiscal" e questionou, ficando sem resposta, se o Governo iria "travar" a "subida das tarifas reguladas em 3%", anunciada pela ERSE

Pedro Morais Soares, deputado do CDS-PP, aproveitou para questionar o ministro sobre as metas e calendários do investimento previsto no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), hoje aprovado, relacionadas com as alterações climáticas, criticando ainda o menor investimento na indústria.

E foi aí que o ministro anunciou que, em breve, serão lançados concursos de 30 milhões destinados à eficiência energética.

Pelo partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Bebiana Cunha perguntou sobre os planos de combate à desertificação no país face às alterações climáticas e questionou porque não renegoceia o Governo a Convenção de Albufeira, quanto à gestão dos rios.

O que lhe valeu uma resposta irónica de João Matos Fernandes, dizendo que, se Portugal o fizesse, Espanha diria logo que sim, dado que o acordo foi negociado quando os caudais dos rios tinham mais 25%.

Mariana Silva, dos Verdes, contrariou a "narrativa" de que "o lítio é o futuro", mas alertou que "o problema não são as baterias com lítio" e que "o Governo está a pensar substituir 500 carros com motor a combustão por 500 carros com motor elétrico".

Deveria "estar a pensar", acrescentou, "em desenvolver exponencialmente o transporte público coletivo em todo o território português".

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