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Moedas ambiciona presidência e "fazer muito melhor" do que o PS em Lisboa

O cabeça de lista da coligação Novos Tempos à Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), ambiciona assumir a presidência da autarquia e "fazer muito melhor" do que faz o PS, na liderança municipal desde 2007.

Moedas ambiciona presidência e "fazer muito melhor" do que o PS em Lisboa
Notícias ao Minuto

17:00 - 16/06/21 por Lusa

Política Autárquicas/Lisboa

"O meu objetivo é fazer muito melhor do que eles fazem e, sobretudo, ter este desígnio para a cidade que eles não têm. [...] Aquilo que nos vemos é que há um projeto de poder e de guardar o poder, mas não há um projeto de visão para a cidade", realça Carlos Moedas em declarações à Lusa.

O ex-comissário europeu quer que Lisboa seja "uma cidade líder da Europa", argumentando que "os países estão hoje a enfraquecer" e a "concorrência vai ser entre as cidades".

"Ganhando as eleições, eu acho que posso criar um desígnio para a cidade que faça desta cidade uma das principais da Europa", considera.

Para isso, é preciso investir mais na ciência, na tecnologia, na cultura e nas pessoas, defende o candidato da coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança.

Carlos Moedas pretende criar uma instituição - que descreve como "fábrica de empresas" - para as acompanhar desde a sua criação até que sejam "uma grande empresa nos mercados internacionais".

Na área da cultura, o candidato social-democrata ambiciona ter um teatro em cada freguesia de Lisboa e desenvolver um projeto para o Parque Mayer que seja um cruzamento de escolas de teatro, com a música e a ciência.

Considerando que a liderança socialista não ouve as pessoas, Carlos Moedas vai também propor a criação de uma assembleia de cidadãos, constituída por 49 pessoas aleatórias "que vão desenhar o que querem para a cidade".

"E isso vai ser algo que nunca foi feito em Portugal e que eu acho que será muito importante para o nosso futuro", sublinha.

Nascido em Beja em 1970, Carlos Moedas licenciou-se em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico, em 1993, e em 2019 tornou-se administrador da Fundação Calouste Gulbenkian, para o mandato 2020-2025, mas deixou o cargo por ter decidido candidatar-se às autárquicas.

Com um percurso profissional na área financeira e de investimentos, da sua carreira política destaca-se a eleição como deputado por Beja em 2011, ano em que veio a desempenhar funções como secretário de Estado ajunto do então primeiro-ministro, Passos Coelho, coordenando a estrutura de ligação com a 'troika', a ESAME.

Em 2014 foi nomeado comissário europeu, responsável pela Investigação, Inovação e Ciência, gerindo um dos maiores programas de ciência e inovação do mundo, no valor de 77 mil milhões de euros.

No PSD, Carlos Moedas fez parte da equipa social-democrata que negociou a aprovação do Orçamento do Estado para 2011 juntamente com Eduardo Catroga.

No seu percurso profissional, integrou a equipa do banco de investimento Goldman Sachs - na mesma altura em que António Borges trabalhou na instituição -, na área de fusões e aquisições, e foi gestor de projetos para o grupo Suez, em França, entre 1993 e 1998.

Carlos Moedas acredita que a sua "experiência tão diversificada" pode ser uma mais-valia para assumir o cargo de presidente da Câmara de Lisboa.

Nos tempos livres, gosta de ler e de correr. Não consegue eleger um único sítio de eleição em Lisboa, mas diz gostar "muito de estar ao pé do rio".

Nas últimas eleições autárquicas (2017), o PSD, que não concorreu coligado com o CDS-PP, obteve 11,22% dos votos (28.336) e dois vereadores. Na Assembleia Municipal, os sociais-democratas contam com 11 deputados.

Para a corrida à presidência da autarquia lisboeta, cujas eleições decorrem entre setembro e outubro, foram até agora anunciadas as candidaturas de João Ferreira (CDU, Beatriz Gomes Dias (BE), Bruno Horta Soares (IL), Nuno Graciano (Chega), Tiago Matos Gomes (Volt) e Manuela Gonzaga (PAN), além de Carlos Moedas.

O executivo de Lisboa é atualmente composto por oito eleitos pelo PS (incluindo dos Cidadãos por Lisboa e do Lisboa é muita gente), um do BE, quatro do CDS-PP, dois do PSD e dois da CDU.

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