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Nos últimos 31 anos PS governou Lisboa 26 anos e o PSD (apenas) cinco

Nos últimos 31 anos o PS governou a Câmara de Lisboa 26 anos e os sociais-democratas assumiram a presidência do município durante outros cinco, mas nas próximas eleições autárquicas o PSD quer recuperar a liderança que perdeu em 2007.

Nos últimos 31 anos PS governou Lisboa 26 anos e o PSD (apenas) cinco
Notícias ao Minuto

18:24 - 16/06/21 por Lusa

Política Autárquicas

A seguir ficou o PSD, que arrecadou 11,22% dos votos (28.336), elegendo dois vereadores, e a CDU, com 9,55% dos votos (24.110) e também dois mandatos. Já o BE voltou à vereação ao obter 7,14% dos votos (18.025).

Os bloquistas elegeram como vereador Ricardo Robles, que saiu do cargo em 2018 na sequência da polémica que envolveu a venda de um imóvel e foi substituído por Manuel Grilo.

Após as eleições, BE e PS tinham assinado um acordo de governação (com a atribuição de pelouros) no concelho de Lisboa, que tinha, em 2019, 509.515 residentes (28,3% com 65 ou mais anos) e possui uma superfície de 100 quilómetros quadrados, de acordo com a base de dados Pordata.

Na capital, os trabalhadores por conta de outrem auferiam um ganho médio mensal de 1.616,10 euros em 2018 (contra 1.168,42 de média nacional), segundo a plataforma estatística Eyedata. Na área da saúde, o município contava, em 2019, com 19,08 médicos por mil habitantes, muito acima da média nacional de 5,39.

Já na Assembleia Municipal, o PS conseguiu maioria em 2017. Ali, bastam 38 eleitos para isso acontecer, número que é ultrapassado se forem somados aos 33 membros socialistas os restantes oito elementos eleitos nas listas do PS: seis do Cidadãos por Lisboa e dois do Livre.

A Assembleia Municipal de Lisboa é ainda constituída pelo PSD (11 membros), CDS-PP (seis), PCP (cinco), BE (três), PAN (dois), PPM (um), MPT (um), PEV (dois) e três deputados municipais independentes.

Além da saída de Robles, o atual mandato ficou marcado pelas renúncias dos vereadores Manuel Salgado (Urbanismo) e Carlos Castro (Proteção Civil).

Manuel Salgado anunciou a renúncia ao mandato no final de julho de 2019, após 12 anos no executivo, referindo que "é necessário que as pessoas não se eternizem nos lugares e deem lugar a outras mais novas", mas continuou à frente da empresa municipal SRU -- Sociedade de Reabilitação Urbana, de onde saiu em fevereiro deste ano, depois de ter sido constituído arguido num processo que envolve a construção do Hospital CUF Tejo.

Carlos Castro, por seu turno, demitiu-se da autarquia em fevereiro, depois de ter sido vacinado contra a covid-19, quando foram administradas doses que sobraram dos lares, situação que gerou mal-estar no município de Lisboa.

Os últimos meses do mandato ficam também marcados, neste mês de junho, pela polémica sobre o envio de dados - pelo município à embaixada russa - de ativistas que promoveram uma manifestação pela libertação de Alexey Navalny, opositor do Governo russo.

O presidente, Fernando Medina, que ainda não confirmou a recandidatura, pediu desculpa publicamente e disse ter ocorrido "um erro lamentável que não podia ter acontecido", anunciando uma auditoria a todas as manifestações na capital pelo menos desde 2011, ano em que houve uma alteração legislativa com o fim dos governos civis e que fez transitar para as autarquias algumas competências sobre realização de manifestações.

Nas eleições de 2013, o PS conseguiu a maioria absoluta ao reunir 50,91% dos votos (116.425) e 11 mandatos, enquanto quatro anos antes, nas autárquicas de 2009, os socialistas não conquistaram a maioria e tiveram de dialogar com a coligação de direita em matérias como a reforma administrativa da cidade.

De 01 de agosto de 2007 até 06 de abril de 2015, a autarquia foi liderada pelo socialista António Costa, eleito pela primeira vez em eleições intercalares.

Em abril de 2015, tomou posse Fernando Medina (PS), que sucedeu a Costa para este se concentrar na sua candidatura a primeiro-ministro.

Antes, de 2002 a 2007, a capital teve gestão social-democrata, com os presidentes Pedro Santana Lopes (de 23 de janeiro de 2002 a 17 de julho de 2004 e depois de 14 de março de 2005 até setembro desse ano) e António Carmona Rodrigues (como presidente substituto de 17 de julho de 2004 a 14 de março de 2005 e depois como presidente de 28 de outubro de 2005 a 18 de maio de 2007).

Por ter sido constituído arguido no caso Bragaparques - no âmbito do processo de permuta e venda dos terrenos do Parque Mayer e da Feira Popular em Entrecampos, atos entretanto considerados nulos pelos tribunais -, Carmona Rodrigues deixou a presidência do município da capital em 2007.

Antes dos cinco anos de governação social-democrata, tinha sido o PS a estar no poder, com Jorge Sampaio, de 1990 a 1995, e João Soares, entre 1995 e 2002.

Para as próximas eleições autárquicas, que por lei têm de ser marcadas para entre setembro e outubro, foram até agora anunciados como candidatos à Câmara de Lisboa Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), João Ferreira (CDU), Beatriz Gomes Dias (BE), Bruno Horta Soares (IL), Nuno Graciano (Chega), Tiago Matos Gomes (Volt) e Manuela Gonzaga (PAN).

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