"Rio tem razão. PS já nem disfarça assalto ao poder de todas as formas"
Um artigo de opinião assinado por Joaquim Jorge, biólogo e fundador do Clube dos Pensadores.
© Joaquim Jorge
Política Artigo de opinião
"Rui Rio não deixa de ter razão, o PS já nem disfarça o assalto ao poder de todas as formas e feitios.
Ramalho Eanes escolhido para presidir às comemorações dos 50 anos do 25 de Abril é uma escolha digna e merecida, mas a escolha de Pedro Adão e Silva para comissário executivo dos 50 anos do 25 de Abril é um equívoco.
Nada tenho contra a pessoa, mas Adão e Silva é um menino à beira do general. Os 50 anos do 25 de Abril merecem gente com estaleca, dimensão e sem conotação partidária. Adão e Silva deambula pelas televisões e jornais com comentários abonatórios ao PS, já esteve na sua direção.
Há coisas que não se podem provar, mas sentem-se.
Por outro lado, há candidatos às câmaras que estão no poder e escrevem constantemente em jornais e vão assiduamente à televisão. Há outros que acumulam ser presidente de câmara e comentador televisivo.
Onde está a isenção e a neutralidade da imprensa? Não está porque precisam de publicidade.
O Porto Canal parece um canal das autarquias só lá vai e é notícia quem apoia e faz publicidade institucional.
Respeito muito o PS, mas Portugal não é socialista: o PS teve nas últimas legislativas um milhão e novecentos votos. Votantes foram 10 milhões e oitocentos mil e não votaram 5 milhões e duzentos mil.
Segundo Platão: “Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão governados por aqueles que gostam.”
Será importante os portugueses começarem a ligar um bocadinho à política.
Falamos em democracia e alternância do poder, mas é algo aparente que não é real.
Os 'mens' do PS são sempre reconhecidos pelo seu serviço.
Situação paradigmática é a nomeação de Eduardo Pinheiro para candidato à CM Porto. Deu o aval para a construção do hotel na praia da Memória, quando foi presidente de câmara em Matosinhos. O hotel foi embargado, mas foi premiado para secretário de Estado no Ministério do Ambiente, e agora, candidato a figurante do PS à câmara do Porto.
O PS pode continuar a apoderar-se do poder, pensar que faz o que quer e lhe apetece e nada acontece, contudo quando o perder, enquanto os portugueses se lembrarem desse assalto infame, descarado e vergonhoso, não voltarão para lá tão cedo.
Os portugueses são um povo brando e não fazem muitas ondas, mas não são burros. Um dia fartam-se e as coisas mudam."
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