Inês Sousa Real, recém-eleita porta-voz do PAN, fez o discurso de encerramento do congresso deste fim de semana, onde fez questão de salientar que, daqui a dois anos, nas eleições legislativas, o partido se apresentará "para ser Governo". Apontou ainda que lidera o "único partido capaz de responder ao desafio climático e a outros desafios do nosso tempo".

"Saímos deste congresso com a convicção de que temos e somos futuro nas eleições autárquicas, nas eleições à Região Autónoma da Madeira e, daqui a dois anos, nas eleições legislativas, às quais nos apresentamos para ser Governo", foram as palavras da líder do Pessoas-Animais-Natureza.  

Defendendo que "é preciso repensar e realocar os recursos financeiros e investi-los nas áreas verdadeiramente estratégicas", a porta-voz sublinhou que o PAN veio "para ficar" e "está cá para fazer esta diferença".

Inês Sousa Real considerou também que o PAN é, "orgulhosamente", o "único "partido animalista e ambientalista em Portugal". "Somos um partido forte, unido e diferente dos convencionais que se limitam a olhar - sem verdadeiramente ver - para o ambiente e para as restantes formas de vida como meros apêndices nas suas políticas", reiterou.

A líder do PAN dirigiu-se ao Governo de António Costa afirmando que o partido vai exigir "mais" nas negociações do Orçamento do Estado para 2022 e apontou o combate à "emergência climática" como prioridade: "E esta aqui é a nossa mensagem clara para o Governo de António Costa: queremos mais, exigimos mais do Governo".

De recordar que o VIII Congresso do PAN elegeu este domingo a nova Comissão Política Nacional do partido, órgão máximo de direção política entre congressos, e Inês Sousa Real, que encabeça a lista, como a nova porta-voz. A única lista candidata obteve 109 votos a favor, 14 brancos e dois nulos, de acordo com o presidente da mesa.

Inês Sousa Real, atual líder parlamentar do Pessoas-Animais-Natureza, sucede a André Silva, que ocupava o cargo desde 2014. Em março, o líder cessante anunciou que após o congresso deixaria as funções executivas no partido e o lugar de deputado, invocando motivos pessoais e a defesa do princípio da limitação de mandatos.

[Notícia atualizada às 13h42]

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