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Chega: Delegados discutem mais disciplina partidária

O segundo dia do III congresso do Chega começou hoje, em Coimbra com um sonoro pedido "estejam com atenção" do presidente da mesa aos delegados e em que se discutiu um reforço da disciplina interna.

Chega: Delegados discutem mais disciplina partidária
Notícias ao Minuto

11:49 - 29/05/21 por Lusa

Política Congresso

"Quem quer ir falar vá lá para fora, eh pá, desculpem lá. Estejam com atenção com quem está aqui a trabalhar", afirmou Luís Graça, logo na abertura dos trabalhos, que hoje de manhã são dedicados ao debate das alterações de estatutos.

Nos primeiros minutos da reunião, logo pela manhã, houve um encontro na mesa do congresso para negociar uma proposta comum para a revisão estatutária, a partir da moção da direção de outros militantes.

Criado em 2018, e já com vários casos de indisciplina interna, o partido, segundo a militante Maria Margarida Passos, autora de um dos projetos, assinalou "a grande de conflitualidade entre os militantes do Chega", potenciada até "pelas redes sociais" e que levam pessoas a usar da "calúnia".

Um delegado, Mário Lucas, criticou o conselho de jurisdição, uma espécie de tribunal interno, de ser ineficaz, por ser lento a decidir, e propôs que o poder disciplinar seja exercício também ao nível local, concelhio.

E nessa proposta comum de mudança de estatutos haverá vários deveres dos militantes, entre eles "o dever de lealdade" e "dever de sigilo", afirmou o secretário-geral do partido, Tiago Silva Dias.

Estas duas moções foram fundidas com a da delegada Ana Cristina Silva, do Porto, que pretendia ver os órgãos concelhios eleitos pelos militantes de cada concelho e eliminado o artigo que estabelece a nomeação dos órgãos concelhios pelas comissões distritais.

Por apelo do secretário-geral do Chega, que disse ainda não ser possível ao partido assegurar a eleição dos órgãos concelhios, a moção de Ana Cristina Silva deixou cair a inclusão a eleição imediata dos órgãos concelhios, 60 dias após as eleições autárquicas.

Segundo Ana Cristina Silva, este normativo "viola o princípio da democracia interna" num partido que não é fascista e que tem de mostrar que é "democrático e transparente".

O secretário-geral do partido disse que não havia intenção de não realizar eleições concelhias, mas que "não existiam condições" para que isso aconteça no imediato, referindo que o Chega "tem os recursos de um partido pequeno, embora funcione como um grande".

O documento resultante das três moções foi aprovado com 263 votos a favor, 12 contra e nove abstenções.

Hoje é dia de debate e votação das moções setoriais, são algumas dezenas, mas a organização não a distribuiu aos jornalistas, e da moção global de Ventura, ficando a eleição dos órgãos nacionais para a manhã de domingo.

Leia Também: Delegados acreditam que moção de Ventura vai passar com larga maioria

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