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"Números são aterradores. 9 em cada 10 jovens conhece casos de bullying"

Francisco Louçã comentou o caso de bullying que aconteceu no Seixal, em que uma rapariga agrediu um jovem até este ser atropelado.

"Números são aterradores. 9 em cada 10 jovens conhece casos de bullying"
Notícias ao Minuto

23:26 - 28/05/21 por Notícias ao Minuto

País Francisco Louçã

Um dos temas que marcou a semana que agora acaba foi o caso de bullying, no Seixal, em que um jovem de 13 anos acabou atropelado ao fugir de uma rapariga que o perseguia e agredia.

Como tal, Francisco Louçã analisou o assunto no seu espaço de comentário semanal na SIC Notícias.

Para o Conselheiro de Estado, hoje em dia, "os jovens são atingidos por pesos enormes de uma sociedade de medo do qual fazem parte em grande medida".

Tendo como base o inquérito 'Cyberbullying em Portugal durante a pandemia da Covid-19', em que participaram cerca de 500 estudantes do ensino secundário, espalhados por todo o país, e realizado pela investigadora do ISCTE, Raquel António, Francisco Louçã garantiu, no 'Tabu', que "os números são aterradores".

"9 em cada 10 jovens conhece casos de bullying, sobretudo pela internet, que é onde se tem intensificado mais o bullying", realçou, acrescentando que "61%, portanto, 2 em cada 3, já foram vítimas".

"O que é espantoso", salientou ainda o fundador do Bloco de Esquerda (BE), "é que 41% admitem ter sido agressores, mesmo que tenham sido vítimas, e só 16% sentiram culpa".

Portanto, para Louçã, é claro que "há uma espécie de banalização da ideia de que a internet e redes sociais servem para agredir".

De acordo com o mesmo relatório, segundo o bloquista, as vítimas são, normalmente, "jovens mulheres, gays e lésbicas, pessoas pobres que são maltratadas pela sua roupa, sapatos, por não terem marcas, porque os pais não têm automóveis, porque vivem num bairro pobre", ou seja, "há um agravar das descriminações de género ou de condição social".

Apesar de a maioria dos jovens ter consciência do que é bullying, segundo diagnosticou Louçã, a "banalização desta forma de comportamento, que é impulsionada pelos modos de comunicação dominantes, pelos silêncios que se criam à volta disto, pela dificuldade das escolas, das famílias, da opinião pública de responder e de dar o poder da responsabilidade" faz com que os que assistem a este tipo de atos não tenham força para o impedir.

Já em jeito de conclusão, Francisco Louçã recordou que a melhor forma de combater o bullying entre os jovens é mostrar-lhes "o poder da amizade".

Leia Também: Adolescente vítima de bullying atropelado ao fugir de colegas no Seixal

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