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PEV avisa que negociações do OE2022 não são "favas contadas"

O dirigente e deputado do PEV José Luís Ferreira avisou este domingo que as negociações do Orçamento do Estado para 2022 não são "favas contadas" e exigiu a execução das medidas acordadas no Orçamento para este ano.

PEV avisa que negociações do OE2022 não são "favas contadas"
Notícias ao Minuto

15:54 - 23/05/21 por Lusa

Política OE2022

No encerramento da 15.ª Convenção do Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV), em Lisboa, José Luís Ferreira referiu-se ao Orçamento do Estado para 2022 para "deixar claro que se enganam os que pensam que isto são favas contadas".

"Os Verdes" mantêm "a mesma disponibilidade e o mesmo sentido de responsabilidade para ouvir o Governo", mas primeiro querem "perceber qual o grau de execução das medidas previstas no Orçamento do Estado para 2021", sobretudo daquelas que fizeram aprovar.

"Não partiremos para o diálogo sobre o Orçamento do Estado para 2022 sem primeiro termos o ponto da situação relativamente ao Orçamento deste ano", afirmou José Luís Ferreira, frisando que para o PEV esta é "uma questão prévia para resolver".

O dirigente e deputado do PEV acrescentou que "contas são contas e, como dizem os romanos, os pactos são para serem cumpridos".

O PCP, através do seu líder parlamentar, João Oliveira, assumiu na quinta-feira uma posição semelhante, acusando o Governo de bloquear a execução de várias medidas acordadas para este ano e recusando "começar a fazer uma discussão do Orçamento para 2022 com a execução do Orçamento para 2021 nestes termos".

A 15.ª Convenção do PEV contou com cerca de 200 delegados - menos 40% do que em 2018, devido à conjuntura de pandemia de covid-19 - que se reuniram no Fórum Lisboa entre sábado e domingo, sob o lema "Emergência Ecológica - Respostas Verdes".

O Orçamento do Estado para 2021 foi aprovado com votos a favor do PS e abstenções de PCP, PEV, PAN e das deputadas não inscritas Cristiana Rodrigues e Joacine Katar Moreira. PSD, BE, CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal votaram contra.

José Luís Ferreira justificou essa abstenção com a introdução de "várias alterações em sede de discussão na especialidade" em que atribuiu ao PEV "uma voz muito ativa".

Sobre a situação sanitária do último ano, o dirigente do PEV alegou que "ninguém foi capaz de dar um exemplo de uma única medida que tivesse sido tomada e para a qual seria necessário o estado de emergência" para conter a propagação da covid-19.

No plano internacional, criticou o Governo português por, no exercício da presidência da União Europeia, não ter feito "o mínimo dos esforços" pelo reconhecimento do Estado da Palestina, recordando que existe uma recomendação aprovada na Assembleia da República nesse sentido.

José Luís Ferreira considerou que a Palestina está a ser vítima de "um verdadeiro massacre" no quadro de uma "continuada ação de ocupação e colonização e repressão" por parte de Israel.

O PEV, criado em 1982 e que tem concorrido a eleições coligado com o PCP através da CDU, não tem um líder, ao contrário de outros partidos.

Reúne-se de três em três anos em Convenção, que elege a Comissão Nacional de Fiscalização de Contas, a Comissão de Arbitragem e o Conselho Nacional, que por sua vez elege de entre os seus membros a Comissão Executiva Nacional.

José Luís Ferreira é um dos dois deputados do PEV e faz também parte do novo Conselho Nacional eleito nesta Convenção, no sábado, por unanimidade.

Na sua intervenção, o deputado assinalou que os órgãos nacionais eleitos têm "uma participação feminina superior a 58%" e disse que o PEV nunca precisou de quotas para defender "o princípio da igualdade e da não discriminação".

Por outro lado, criticou o "silêncio difícil de compreender e muito menos aceitar" da comunicação social em relação a esta 15.ª Convenção.

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