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"BE é barreira contra direita e extrema-direita. Não pode ser mais claro"

Catarina Martins fez críticas à aproximação do PSD à extrema-direita. Considera que a "desistência da Direita coloca ainda mais responsabilidades" à Esquerda.

"BE é barreira contra direita e extrema-direita. Não pode ser mais claro"
Notícias ao Minuto

14:15 - 23/05/21 por Notícias ao Minuto

Política Catarina Martins

No discurso de encerramento da XII Convenção Nacional do Bloco de Esquerda, que decorre em Matosinhos, e onde foi reconduzida como coordenadora do partido, Catarina Martins direcionou as suas críticas principalmente para Rui Rio e a aproximação do PSD à extrema-direita. Realçou as responsabilidades da esquerda perante este cenário.

“Desde que chegámos a terceira força política e afastámos o PSD e o CDS do Governo, e não foi ontem, a Direita só tem um objetivo criar uma fronda para o poder e por isso exige, nada mais nada menos, do que aniquilar a Esquerda. Quando chegou à liderança do PSD, Rui Rio enunciou esse objetivo de forma cândida. Dizia que só queria impedir que o Bloco influenciasse a política de Costa, e para ele isso bastava”, começou por dizer a coordenadora do Bloco de Esquerda.

“Agora, a Direita está mais afoita. Os ventos de Trump e de Bolsonaro primeiro, ou de Ayuso em Madrid, mais recentemente, entusiasmam os imitadores que soltaram os animais ferozes da violência política e do lixo comunicacional. As fake news e a intoxicação são o seu modo de ser. O PSD não hesita em caminhar para uma aliança política com a extrema-direita, que é, aliás, um braço político laranja mas que se destacou, e cujo futuro só depende de influenciar o seu antigo partido. Não demorou. Já há gente no PSD a gritar que quer exterminar o Bloco”, sublinhou, numa alusão à candidata do PSD à Câmara da Amadora, Suzana Garcia.

“Respondemos como sempre, com a liberdade e a democracia. O Bloco é a barreira contra a direita e a extrema-direita. Nada podia ser mais claro nesta alternativa”, enfatizou, antes de prosseguir com mais críticas a Rio e ao PSD.

“Já se percebeu que, ao fazer esta escolha vertiginosa, Rui Rio quer levar a extrema-direita para o poder e por isso perdeu a capacidade de disputar o centro ao PS (…) O PSD é hoje um fantasma que só vibra quando alguém grita ‘Morte ao socialismo’”, assinalou.

“À esquerda, essa desistência da Direita coloca ainda mais responsabilidades”, acrescentou Catarina Martins.

“Só há portanto uma forma de combater esta direita, tingida de extrema-direita. Que a esquerda lute pela maioria, que nunca de se esqueça de ser a voz e a força do povo que vai para o trabalho apertado nos comboios, que não sabe se a filha que concluiu o curso consegue sair da empresa de trabalho temporário, que se entristece com o interior que se despovoa, que vê as doenças e o clima a correr contra nós, que sobrevive de uma pensão contada ao cêntimo. E este povo não aceita a continuação do marasmo”, afirmou, prometendo que o Bloco vai estar sempre pronto para a luta. 

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