"Os países que melhor resistiram à pandemia tinham políticas liberais"
João Cotrim de Figueiredo foi o entrevistado desta segunda-feira de Miguel Sousa Tavares.
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Política João Cotrim de Figueiredo
O líder do Iniciativa Liberal garantiu, esta segunda-feira, em entrevista a Miguel Sousa Tavares, na TVI 24, que "os países que melhor resistiram à pandemia foram os países que tiveram até esta chegar políticas liberais e continuaram a ter um pendor liberal na forma de tratar" a Covid-19.
Confrontado com o facto de, na Europa, nenhum país ter adotado políticas liberais durante a pandemia, João Cotrim de Figueiredo salientou que "sempre que há emergências - e esta pandemia global é de facto uma emergência, é equivalente a uma guerra de grande proporção - todas as regras são suspensas e aquilo que os partidos defendem acabam por passar por diferenças".
Contudo, defendeu o deputado, "a narrativa que o PS e a sua marca de propaganda querem circular, de que em pandemia houve uma derrota das ideias liberais" não é real.
"Sou o líder partidário com menor notoriedade"
Questionado sobre uma sondagem divulgada hoje, que dá ao Iniciativa Liberal 4,2% nas próximas Legislativas, Cotrim de Figueiredo realçou que esta percentagem, quando comparada com a que tiveram, há um ano e meio, nas Legislativas de 2019, "é otima" e, comparada com o que previram crescer até às próximas legislativas, tem "um ano de avanço".
Para atingir o objetivo de ter 5% dos votos nas próximas eleições Legislativas, o parlamentar reconheceu que necessita de ganhar mais notoriedade, de ser convidado para mais entrevistas "como estas".
"Somos o partido com maior desconhecimento e eu sou o líder partidário com menos notoriedade. Quando temos oportunidade de falar daquilo que defendemos e da nossa mensagem liberal conseguimos crescer", acrescentou.
"Não é boa ideia termos o Estado como único acionista da TAP"
Já sobre a TAP, Cotrim de Figueiredo afirmou que "não teria revertido a privatização" da companhia aérea, em 2016 e considerou que não se estudou a fundo a hipótese de insolvência.
"A insolvência parece que é igual à falência, mas não é. É crucial para o futuro e valor da TAP saber que tipo de companhia vamos ter ao fim da reestruturação e quem podem ser os parceiros de negócio daquela companhia. Porque uma coisa é certa: não é boa ideia termos o Estado a ser o único acionista de uma companhia aérea. Não foi antes da privatização e não seria agora que o negócio está ainda mais complexo", clarificou.
Ainda sobre esta companhia aérea, o deputado lembrou que estamos a um ano da primeira intervenção na TAP e que o processo está longe de estar esclarecido.
"Não sabemos quem vai levar a cabo o plano de reestruturação, não sabemos os pormenores do plano de reestruturação e, sobretudo, não temos um plano de saída, ainda que ele fosse revisto daqui a uma semana ou duas ou daqui a uns meses", disse, acrescentando que todo o processo foi feito, até agora, "com um enorme amadorismo e, sobretudo, com uma falta de respeito pelas tais empresas que se queixam que têm poucos apoios" .
Quanto ao futuro da TAP, Cotrim de Figueiredo recusa fazer previsões, mas garante que se esta companhia não for capaz de manter o hub em Lisboa "não será uma empresa atrativa para parceiros e o Estado não deveria ficar nessa companhia aérea".
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