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Jerónimo de Sousa contra descentralizar sem dar condições às autarquias

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou hoje no Porto "não ser sério falar-se de descentralização ao mesmo tempo que se mantêm as autarquias num lugar menor na gestão dos fundos comunitário".

Jerónimo de Sousa contra descentralizar sem dar condições às autarquias
Notícias ao Minuto

19:58 - 14/05/21 por Lusa

Política PCP

"Não é sério falar de descentralização quando se mantêm também as autarquias num lugar menor na gestão dos fundos comunitários, quando se consolida a centralização como método e critério crucial nessa gestão", criticou Jerónimo de Sousa perante cerca de 100 pessoas, na Praça D. João I.

Numa intervenção na apresentação dos cabeças-de-lista da CDU à Câmara do Porto, Ilda Figueiredo, e à Assembleia Municipal, Rui Sá, o dirigente comunista deixou também críticas "à democratização das CCDR [comissões de coordenação e desenvolvimento regional] que uniu PSD e PS".

Para o líder do PCP, o "chamado processo de democratização das CCDR que uniu PS e PSD não é mais do que uma manobra para iludir e justificar a ausência da regionalização garantindo a perpetuação de políticas centralistas e de comando sobre decisões e processos que reclamam uma participação efetivamente descentralizada".

Neste contexto, alertou, as próximas eleições autárquicas "constituem uma batalha política de grande importância também pelo que podem contribuir para dar força à luta" da CDU "no plano nacional em defesa da melhoria das condições de vida do povo e pela solução dos grandes problemas do país".

"Há muitas batalhas a travar para garantir o que o país precisa. Há ainda e no imediato a do combate à covid-19 que não está vencida e que exige agir", assinalou o político.

Jerónimo de Sousa reforçou que esse combate deve assentar em três direções: "Testagem massiva, definindo critérios e prioridades rigorosas; rastreio de todos os novos casos e contactos por estes realizados, com o reforço dos profissionais da estrutura de saúde pública e dar outra urgência e ritmo à vacinação de todos, onde faltam profissionais e a grande solução a prazo -- as vacinas".

Na sua intervenção a norte, Jerónimo de Sousa não esqueceu a Galp quando o tema foi "medidas e políticas para responder aos problemas dos trabalhadores atingidos pela arbitrariedade da exploração que tudo sacrifica à acumulação do lucro".

"É o caso da Galp e do encerramento da refinaria de Matosinhos. Quantos milhões de euros recebe a Galp invocando a defesa do ambiente, para destruindo centenas de postos de trabalho, substituir produção nacional por importações e prejudicar assim gravemente o país? Muitos milhões!", respondeu.

Avançando para sul, afirmou que "alguns descobriram agora Odemira! Uma situação que é apenas parte de uma realidade mais larga, onde a violação dos direitos dos trabalhadores, as manobras obscuras de empresas de trabalho temporário, as condições de habitação e de saúde degradadas, as máfias, são uma prática corrente que afeta milhares de trabalhadores e que atinge em particular imigrantes".

"Não se pense que este é um problema apenas do setor agrícola ou de uma só região. Não! A situação atravessa várias regiões do país e vários setores. Nos grandes centros urbanos temos agora as novas praças de jorna digitais, onde as plataformas e muitas das empresas que promovem o teletrabalho navegam a seu bel-prazer, sem restrições ou limitações a uma exploração brutal, garantindo lucros de milhões em todos os carrinhos das atividades que articulam", acrescentou.

Sobre a influência da ação comunista no Orçamento de Estado, Jerónimo de Sousa contabilizou "um milhão e duzentos mil pensionistas com aumento de pensões. Trezentos mil trabalhadores em 'lay-off,' que com o Orçamento Suplementar de 2020 tinham os salários cortados e que com a proposta do PCP têm os salários pagos por inteiro" e ainda que "são agora 18.927 as crianças com creche gratuita.

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