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PS e PSD competem sobre quem investiu mais no interior do país

PS e PSD "competiram" hoje sobre quem investiu mais no interior do país ao longo dos anos, com sociais-democratas a apelidar o Ministério da Coesão Territorial de "desilusão territorial" e socialistas a defender que "uns falam, outros fazem".

PS e PSD competem sobre quem investiu mais no interior do país
Notícias ao Minuto

19:01 - 13/05/21 por Lusa

Política Parlamento

A troca de argumentos decorreu esta tarde na Assembleia da República, no encerramento da interpelação ao Governo pedida pelo PSD sobre coesão territorial, em que os sociais-democratas rebatizaram o ministério para "desilusão" ou "frustração territorial".

"Ninguém duvida, senhora ministra, das suas intenções, da sua boa vontade, mas neste caso a impressão que fica, ao fim de dois anos, quase dois anos de Governo, é que o Ministério da Coesão Territorial deixou de se chamar Ministério da Coesão Territorial para se chamar hoje Ministério da desilusão territorial ou da frustração territorial", lamentou o deputado Carlos Peixoto, do PSD.

O social-democrata admitiu que a ministra responsável pela pasta, Ana Abrunhosa, presente no debate, "tem vontade de fazer as coisas", mas que o 'busílis' da questão é "se tem força para fazer as coisas" dentro do executivo socialista.

"E a maior confissão da fragilidade deste ministério vem da boca da senhora ministra: é que a senhora ministra diz que quando tem que decidir, quando tem que bater às portas dos ministérios todos, no sentido de lhe abrirem a porta, até diz que faz o pino, que implora aos seus colegas para acolherem a sua lógica, que é correta, de desconcentração de serviços: quando faz isso, fecham-lhe a porta", argumentou.

No entanto, continuou, no dia seguinte continua tudo igual: "a senhora continua ministra, o senhor primeiro-ministro ignora olimpicamente os seus pedidos e o interior continua a afundar-se".

Carlos Peixoto atirou ainda à bancada socialista que "é preciso ter memória" para se saber ao ponto a que se chegou no interior do país, apontando que o PS já está no Governo há seis anos e que nos últimos 26 de governação, liderou 19.

"Este debate que todos reconhecem, presumo, que foi construtivo, positivo e útil revelou desde logo uma primeira coisa: um PS com um discurso arqueológico , virado para o passado, que cheira a mofo, que ressuscita questões que ninguém entende", criticou.

Momentos antes, foi a vez do deputado socialista João Azevedo de acusar o PSD de ter "políticas do passado", enumerando alguns investimentos do Governo liderado por António Costa na rodovia e nas linhas ferroviárias para o interior do país, bem como no setor social.

"Este Governo prepara sempre o futuro, ao contrário de outros governos que sempre falaram que não conseguiam, e efetivamente aquilo que aconteceu é que uns falam e outros fazem, é esta a grande diferença entre um partido e outro partido", vincou.

Quanto às portagens, o deputado defendeu ainda "o princípio do utilizador não pagador", advogando que tem de se ir "até ao fim da fileira" para que se possa circular nas autoestradas do interior sem pagar portagens.

Pelo PSD, Carlos Peixoto respondeu: "o senhor diz que se está a criar uma fileira para se circular nas autoestradas sem pagar? Então os senhores há menos de um ano votaram contra uma proposta deste parlamento para reduzir as portagens e agora quer circular sem pagar? O PS é que não quis abolir portagens".

Coube à deputada Hortense Martins rematar que o PS "é o partido da coesão territorial e é o PS que tem sempre feito mais para a coesão territorial e para o desenvolvimento do país", ao contrário dos governos de direita.

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