O líder do Chega foi ouvido em tribunal, na manhã desta segunda-feira, no âmbito de um processo movido por uma família do Bairro da Jamaica, no Seixal, devido à utilização de uma imagem e da palavra "bandidos" durante um debate presidencial.
À saída do tribunal, André Ventura garantiu aos jornalistas que "voltaria a dizer a mesma coisa no debate com o candidato Marcelo Rebelo de Sousa" e afirmou que não vai pedir desculpa à família afetada.
"Não o farei porque entendo que não houve nenhum carácter ilícito nas minhas declarações, tal como disse, voltaria a fazê-lo porque foi no debate político. Penso que a nossa advogada deixou claro que a linguagem, os termos e a imagem foram amplamente utilizados nos dois anos anteriores, sem nunca haver qualquer ação da parte desta família em relação a outros políticos ou mesmo comunicação social, fê-lo apenas porque é o André Ventura que está em causa, é o Chega que está em causa", considerou o deputado, acrescentando que irá respeitar a decisão do tribunal.
"Não concordo com muito da ação da Justiça, mas respeito a lei. Estamos num país democrático", esclareceu.
Questionado sobre o que diria à família afetada, André Ventura defendeu que "o debate político que foi feito teve uma natureza política e um objetivo político. Voltaria a dizer, porque se fosse hoje, era aquilo que a grande maioria da população portuguesa - e eu como candidato procurava representar - sentia. E, obviamente, nunca ficaria feliz porque pessoas ficaram ofendidas ou humilhadas por qualquer tipo de declaração fosse. Agora, isso seria se o objetivo tivesse sido esse. Penso que ficou claro pela nossa ação que o carácter não foi esse como ficou claro que nunca houve uma ação rácica da minha parte".
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