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Empresas não têm de assumir "todas e quaisquer despesas" do teletrabalho

A líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, defendeu hoje no parlamento que as empresas não têm de assumir "todas e quaisquer despesas" adicionais dos trabalhadores em teletrabalho, reafirmando que a matéria deve ser objeto de acordo.

Empresas não têm de assumir "todas e quaisquer despesas" do teletrabalho
Notícias ao Minuto

19:13 - 05/05/21 por Lusa

Política PS

Ana Catarina Mendes falava durante o debate no plenário das várias propostas dos partidos para regulamentar o teletrabalho, em resposta à deputada do BE Isabel Pires, que questionou se o PS está disponível para alterar a questão das despesas adicionais para os teletrabalhadores.

"Quanto às despesas, há uma coisa que nos divide", começou por dizer a líder da bancada socialista.

"Esta bancada não acha que só por ir para casa com teletrabalho a empresa tenha de assumir todas e quaisquer despesas. Isso tem de ser objeto de matéria de acordo e tem de ser comprovado qual é o acréscimo de despesa, por isso nós não dizemos que é preciso estipular já 10 euros ou 9 euros, nós dizemos que é preciso encontrar a racionalidade para isso", afirmou Ana catarina Mendes.

Na intervenção inicial, a líder parlamentar do PS assegurou ainda que "não é a espuma dos dias" que traz o PS a este debate, uma vez que "a necessidade de regular o teletrabalho estava latente há muito", tema que o programa eleitoral do PS já assinalava.

A proposta do PS, de acordo com a deputada, "não é para a exceção do imediato", gerado pela pandemia de covid-19, mas sim "para o futuro".

Depois de elencar as oportunidades e os riscos do teletrabalho, Ana Catarina Mendes deixou claro que para o grupo parlamentar do partido "o teletrabalho só avança por mútuo acordo entre as partes".

A líder parlamentar socialista assume a responsabilidade de propor uma iniciativa legislativa que responda ao desafio do respeitando do PS quer pela concertação social quer pela função legisladora do parlamento.

Uma das "ideias-chave" da proposta do PS, de acordo com Ana Catarina Mendes, é "o equilíbrio e a igualdade de tratamento".

"A proposta do PS garante que todos os trabalhadores mantêm a remuneração e os subsídios que recebem, quando passam de presenciais para teletrabalho. Por exemplo, quem recebe subsídio de refeição continua a recebê-lo", sublinhou.

Para a socialista "o futuro do teletrabalho" será aquilo que se fizer dele.

"Podemos escolher enfiar a cabeça na areia e negar que o mundo gira e evolui ou escolher ser construtores de uma sociedade decente. O mundo do trabalho evoluirá como resultado das decisões que tomamos -- por ação ou por inação -- a nível nacional e internacional", defendeu.

Leia Também: PSD acusa PS de "começar a casa pelo telhado" quanto ao teletrabalho

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