A concelhia do PSD da Amadora respondeu, esta quinta-feira, à polémica relacionada com as afirmações da candidata Suzana Garcia numa entrevista na TVI, repudiando aquilo que considera serem "interpretações desonestas" feitas pelo deputado do Bloco de Esquerda Fabian Figueiredo.
Em causa, recorde-se, estão as declarações da cabeça de lista do PSD à Câmara da Amadora nas próximas autárquicas que disse esperar "mesmo que o Bloco de Esquerda seja exterminado".
"Ao referir-se aos extremismos políticos, condenando-os, Suzana Garcia pugnou pelo fim do Chega e do Bloco de Esquerda, expressões partidárias de dois espectros políticos extremados e polarizadores na democracia portuguesa", refere a concelhia numa nota enviada às redações.
Os social-democratas argumentam que "qualquer pessoa percebe que o que a candidata Suzana Garcia quer dizer é que deseja que o Bloco de Esquerda tenha uma pesada derrota eleitoral nas próximas eleições".
Assim, "qualquer outra interpretação, ainda por cima com recurso à extração de frases truncadas, constitui um exercício intelectual e politicamente desonesto", condena a estrutura partidária.
Na mesma nota, a concelhia do PSD da Amadora sublinha que "o Bloco de Esquerda não tem o monopólio do uso das metáforas na linguagem nem é o dono do discurso autorizado" e acusa "alguns deputados" do Bloco de Esquerda de terem gritado pela morte do presidente do Brasil na Avenida da Liberdade.
Na sequência das afirmações de Suzana Garcia à TVI, o Bloco de Esquerda exigiu esta quarta-feira que o líder do PSD reconsidere a escolha para a Câmara da Amadora e encontre outro candidato já que Suzana Garcia "não tem espaço no campo democrático".
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