Operação Marquês: "É um sistema doente. Não podemos continuar assim"
Carlos Moedas sublinhou que foi dado "como comprovado" que José Sócrates "é corrupto", no âmbito do processo da Operação Marquês.
© Reuters
Política Carlos Moedas
Carlos Moedas deixou, ontem, severas críticas à decisão instrutória do processo da Operação Marquês, conhecida na passada sexta-feira.
"Um sistema que dá como comprovado que um ex-primeiro-ministro é corrupto, mas não o condena enquanto tal, é um sistema doente", defendeu o candidato social-democrata à Câmara Municipal de Lisboa nas próximas eleições autárquicas, numa mensagem partilhada nas redes sociais.
Mais, para o ex-comissário europeu é urgente dar início a uma reforma judicial no país. "Não podemos continuar assim. É a nossa democracia que está em causa", alertou.
O juiz Ivo Rosa decidiu que José Sócrates, inicialmente acusado de 31 crimes, vai a julgamento por três crimes de branqueamento de capitais e três de falsificação de documentos, os mesmos pelos quais Carlos Santos Silva está pronunciado.
Dos 28 arguidos do processo, ficaram pronunciados apenas cinco, tendo sido ilibados, entre outros, os ex-líderes da PT Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, o empresário Helder Bataglia e o ex-administrador do Grupo Lena Joaquim Barroca.
Dos 189 crimes imputados pela acusação, num processo que começou a ser investigado em 2013, só 17 vão a julgamento, mas o procurador Rosário Teixeira, responsável pelo inquérito, já anunciou que ia apresentar recurso da decisão para o Tribunal da Relação de Lisboa nos próximos 120 dias.
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