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PSD regista "recuo" do Governo na Cultura, mas pede metas e valores
O PSD registou hoje o anúncio do Governo de que a versão final do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) terá "um capítulo específico" dedicado à cultura, mas disse não ficar "sossegado", pedindo que sejam concretizados valores e metas.
© Global Imagens
Política PSD
"Com base neste anúncio do ministro da Economia, o PSD regista o enorme recuo do Governo, que passou de um zero absoluto para um capítulo, acompanhado de uma enorme preocupação com a cultura", afirmou o deputado social-democrata Paulo Rios, em declarações à Lusa.
No entanto, o deputado acrescentou que este anúncio "não sossega o PSD", lamentando que o Governo não tenha "acompanhado a ambiciosa proposta do PSD de dedicar 2% do PRR à Cultura", dizendo que esta é também a ambição do setor.
"O Governo prefere refugiar-se neste termo vago: o que é um capítulo? Este anúncio mais uma vez não tem valores certos, não tem destinos identificados, não tem metas nem tem prazos. É tudo tão vago como costuma ser o Governo", lamentou.
Num projeto de resolução já apresentado, o PSD recomendou ao Governo que assuma uma resolução aprovada em setembro no Parlamento Europeu, para que dedique pelo menos 2% do total dos mecanismos de recuperação e resiliência que cabem a Portugal.
"O PSD continua a insistir que era necessário esse investimento, replicando o que na União Europeia está a ser recomendado a todos os governos", disse, referindo que a Espanha já decidiu dedicar 1% do seu plano ao desporto e cultura.
O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, adiantou hoje que a versão final do Plano de Recuperação e Resiliência vai contemplar "um capítulo específico" dedicado à cultura, garantindo haver uma grande "preocupação" do Governo quanto à "importância" do setor.
"No âmbito da discussão publica do PRR foi mencionada a questão do setor cultural e, na revisão que estamos a fazer antes de apresentarmos a versão final, vamos contemplar um capítulo específico para o setor da cultura", avançou Pedro Siza Vieira numa audição na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação sobre a resposta económica e social à pandemia.
A afetação de 2% do Plano de Recuperação e Resiliência económica à cultura foi uma das medidas recentemente apontadas como fundamentais por associações do setor ouvidas no parlamento para que a atividade recupere da crise causada pela pandemia de covid-19.
Leia Também: Associação de municípios considera "urgentíssima" lei para as freguesias
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