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Almeida Henriques "partiu como viveu, a lutar", lembrou Marcelo

O presidente da Câmara António Almeida Henriques "foi um sonhador, fazedor e lutador" e "partiu como viveu, a lutar", disse esta segunda-feira o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, à entrada da missa de exéquias fúnebres.

Almeida Henriques "partiu como viveu, a lutar", lembrou Marcelo
Notícias ao Minuto

19:33 - 05/04/21 por Lusa

Política Óbito

"O presidente António Almeida Henriques foi um sonhador, foi um fazedor e foi um lutador ao longo de toda a vida. A nível nacional, como grande autarca, como grande presidente da Câmara sonhou, fez, lutou, partiu como viveu, a lutar", sublinhou.

O chefe de Estado falava aos jornalistas depois de ter participado nas cerimónias fúnebres, privadas, no cemitério de Abraveses, em Viseu, e antes de participar numa missa de exéquias, sem corpo presente, a pedido da família, na Sé Catedral.

"Depois fez o que é raríssimo em Portugal, que é largar um lugar importante no Governo nacional, cheio de futuro, para se candidatar a uma câmara municipal e fazer obra, percebendo que o poder local é tão ou mais importante do que o poder nacional e construindo aqui Portugal e servindo Portugal, servindo Viseu", continuou o Presidente.

No entender de Marcelo Rebelo de Sousa, António Almeida Henriques "é um exemplo muito raro de espírito de doação, de espírito democrático e de espírito fraternal" e "era naturalmente um homem de convergências".

"Convergências entre pessoas diferentes, ideias diferentes, maneiras diferentes de ver a vida e o mundo. Passou toda a vida a fazer convergências, não deixando de sonhar, de realizar e de lutar. É essa a imagem que fica e por causa daquilo que foi é que Viseu o homenageou hoje como homenageou", defendeu.

A urna de António Almeida Henriques saiu esta tarde do Hospital de São Teotónio, em Viseu, num carro antigo descapotável dos Bombeiros Sapadores de Viseu, e percorreu diversas artérias da cidade, nomeadamente o centro histórico, onde foi sendo aplaudido.

Fez uma paragem na Praça da República, vulgarmente conhecida por Rossio, que se encheu de pessoas, em frente à Câmara Municipal, para um minuto de silêncio e para um último aplauso também dado por os autarcas da região, governantes, deputados e outros responsáveis civis e militares.

Um momento que contou com a passagem de aeronaves do Aero Clube de Viseu, a prestar igualmente homenagem ao autarca que assumiu a presidência da Câmara de Viseu em 2013, aquando da sua primeira candidatura e que agora será substituído até ao final do mandato, por Conceição Azevedo, até aqui vice-presidente.

O presidente da Câmara de Viseu, António Almeida Henriques, morreu este domingo aos 59 anos, vítima de complicações respiratórias decorrentes da covid-19.

O autarca social-democrata foi diagnosticado com covid-19 no início de março, altura em que foi internado no Hospital de São Teotónio, em Viseu.

A Câmara de Viseu decretou três dias de luto municipal, até esta terça-feira.

Leia Também: Almeida Henriques. Autarcas enaltecem "defesa intransigente" da região

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