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PCP critica quem quer "dificultar o desconfinamento"

O PCP destacou hoje que Portugal "apresenta a melhor situação epidemiológica" da União Europeia e criticou quem quer "introduzir obstáculos" e "dificultar o desconfinamento", reiterando a necessidade de retoma das atividades económicas, culturais e desportivas.

PCP critica quem quer "dificultar o desconfinamento"
Notícias ao Minuto

18:05 - 23/03/21 por Lusa

Política Covid-19

Num vídeo enviado aos jornalistas no final de uma reunião sobre a situação da covid-19 em Portugal, que decorreu no Infarmed e reuniu políticos e especialistas por videoconferência, Jorge Pires, membro da Comissão Política do Comité Central do PCP, afirmou que existe "uma evolução positiva dos principais indicadores sobre a situação epidemiológica".

De acordo com o dirigente, foi registada "uma redução consolidada nomeadamente da incidência cumulativa a 14 dias por 100 mil habitantes" e uma "diminuição do número de internamentos em enfermaria e nas unidades de cuidados intensivos, mantendo-se a taxa de transmissibilidade em valores baixos".

"Portugal é neste momento o país que apresenta a melhor situação epidemiológica, estável e com tendência de redução do número de casos positivos e de internamentos, quando comparado com os países que integram a União Europeia", destacou.

O PCP vê "com preocupação que, apesar da consolidação da evolução positiva dos indicadores epidemiológicos, persistem opiniões no sentido de introduzir obstáculos e de dificultar o desconfinamento prejudiciais para o país e as populações".

Jorge Pires reiterou que a "perceção da população em relação à epidemia, a degradação da saúde mental e o aumento do número daqueles que manifestam grande dificuldade em cumprir o "ficar em casa" e em "não visitar familiares/amigos"", revela a necessidade de "o país retomar as atividades económicas, culturais e desportivas, definindo com clareza as medidas de prevenção e proteção da saúde, e disponibilizando os apoios necessários à sua implementação".

O dirigente comunista considerou igualmente que estas medidas "devem ser acompanhadas da concretização atempada dos apoios económicos e sociais para quem deles precisa para fazer face aos problemas criados com as decisões de confinamento".

Jorge Pires salientou ainda que "o rastreio das novas incidências, a testagem massiva e a vacinação são instrumentos fundamentais e decisivos no combate à covid-19" e assinalou que o PCP apresentou na Assembleia da República um projeto de resolução que será debatido a 08 de abril, no qual o partido "recomenda ao Governo a diversificação da aquisição de vacinas, a suspensão da validade das patentes e o investimento na criação de condições para a produção nacional da vacina".

Na ótica dos comunistas, "as informações prestadas pelo coordenador do Plano Nacional de Vacinação quanto aos atrasos e incumprimentos no fornecimento de vacinas previamente acordados com alguns grupos farmacêuticos" justificam "uma intervenção soberana" do Governo "na diversificação da aquisição de outras vacinas" além das contratadas por Bruxelas.

O Presidente da República, o primeiro-ministro, o presidente do parlamento e os partidos voltaram a reunir-se esta manhã com epidemiologistas, por videoconferência, num momento em que o país regista menos casos de covid-19 e iniciou há uma semana um processo de desconfinamento.

Após esta reunião entre políticos e peritos sobre a evolução da situação epidemiológica de Portugal, na quinta-feira, a Assembleia da República vai debater e votar o projeto de decreto presidencial para a renovação do estado de emergência por novo período de 15 dias, com efeitos a partir de 01 de abril e que abrangerá o período da Páscoa.

Em Portugal, morreram 16.794 pessoas dos 818.212 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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