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"O Grão-Mestre Fernando Lima mente", acusa André Silva

É uma "mentira descarada", diz o líder do PAN sobre as declarações de Fernando Lima, grão-mestre da loja maçónica Grande Oriente Lusitano, segundo o qual a "Comissão de Transparência deveria ter ouvido a maçonaria no âmbito da proposta do PAN".

"O Grão-Mestre Fernando Lima mente", acusa André Silva
Notícias ao Minuto

09:35 - 19/03/21 por Notícias ao Minuto

Política Maçonaria

André Silva, teceu, na quinta-feira, duras críticas a Fernando Lima, grão-mestre da loja maçónica Grande Oriente lusitano. "O Grão-Mestre Fernando Lima mente", acusa o líder do PAN.  

"Acabo de ouvir na SIC Notícias o Dr. Fernando Lima, grão-mestre da loja maçónica Grande Oriente lusitano, afirmar com indignação que a Comissão de Transparência deveria ter ouvido a maçonaria no âmbito da proposta do PAN de assegurar a transparência da filiação maçónica de titulares de cargos políticos e altos cargos públicos – à qual o PSD, e bem, se decidiu juntar com uma proposta de alteração", contextualiza o parlamentar na rede social Facebook. 

Esta "lamúria pública", acrescenta o deputado do PAN, "seria comovente se não representasse uma mentira descarada, uma vez que, há mais de um ano, no dia 27 de janeiro de 2020, o Grupo Parlamentar do PAN apresentou à Comissão de Transparência um requerimento de parecer a um vasto conjunto personalidades de reconhecido mérito e entidades relevantes no âmbito deste processo legislativo, entre as quais pedimos parecer não a 1, mas a 3 lojas maçónicas, a saber: o Grande Oriente Lusitano, a Grande Loja Feminina de Portugal e a Grande Loja Legal de Portugal". 

Pouco tempo depois de ter sido feito esse pedido, o PAN teve "pareceres escritos do Professor Jorge Miranda, do Professor Luís de Sousa, do Dr. José Miguel Júdice, do Conselho Superior do Ministério Público, da Associação Sindical dos Juízes Portugueses, da Comissão da Liberdade Religiosa, do Opus Dei, entre outros". As organizações maçónicas, "curiosamente, foram das poucas que não fizeram chegar qualquer parecer à Assembleia da República, apesar do pedido da Comissão de Transparência ter sido feito". 

Acredita André Silva que, "se o Dr. Fernando Lima não se pronunciou, foi porque, em total desprezo pela Assembleia da República, não quis". Contudo, assegurou o líder partidário que esta sexta-feira o PAN irá dirigir "um novo requerimento à Comissão de Transparência para que o pedido de parecer a estas organizações maçónicas, até agora ignorado, seja de novo realizado, para que dúvidas não existam quanto à transparência e abrangência com que o PAN sempre quis que este debate decorresse".

O parlamentar deixa ainda uma crítica à SIC Notícias, à qual "teria ficado bem convidar alguém do PAN, partido proponente da proposta que espoletou este importante processo legislativo, mas infelizmente e em prejuízo do esclarecimento dos cidadãos, já estamos habituados ao pluralismo se sentido único nestes debates das televisões".

Recorde-se que o PSD propôs na terça-feira uma alteração legal para tornar obrigatório que deputados e titulares de cargos públicos declarem, no seu registo de interesses, se pertencem a associações e organizações "discretas" como a maçonaria e Opus Dei.

A proposta foi feita numa reunião da comissão parlamentar de Transparência e Estatuto dos Deputados em que estava previsto o debate do diploma apresentado pelo partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) para incluir no regime do exercício de funções dos titulares de cargos políticos "um campo de preenchimento facultativo" para indicarem se pertencem a esse tipo de organizações.

Leia Também: CDS a favor de "da transparência" mas separa Opus Dei de Maçonaria

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