"Faz lembrar o cidadão que quer estacionar o carro num sítio onde é proibido e resolve o problema: arranca o sinal de trânsito, guarda-o na bagageira e estaciona confortavelmente", afirmou o líder parlamentar do PEV, José Luís Ferreira, no debate com o Governo sobre política geral, na Assembleia da República, em Lisboa.
É uma decisão, acusou, que abre "um precedente gravíssimo num Estado de direito democrático", dado que é uma maneira de "passar por cima" dos pareceres das câmaras quando os "pareceres não agradam".
Na resposta, o primeiro-ministro, António Costa, defendeu a mudança da lei, para evitar que, no caso do novo aeroporto do Montijo, duas autarquias travassem o projeto, como veio a acontecer.
Questionou que seja possível uma autarquia, com um parecer, impedir um projeto nacional e deixou um aviso: "Se a Assembleia da República entender que municípios podem ter poder de veto, arriscamo-nos não só a não ter aeroporto como a não ter obra alguma."
António Costa fez a pergunta e ele próprio deu a resposta: "Não, não pode ser." E argumentou que a decisão sobre o novo aeroporto "é urgente" e que "está atrasada há décadas".
José Luís Ferreira também fez uma pergunta e deu a resposta no frente a frente com Costa.
Se o primeiro-ministro "diz que andamos há 50 anos a estudar" e se alguém perguntar "diga lá um estudo que indique o Montijo" como solução.
"É que não há", respondeu o próprio deputado dos Verdes.
Tal como o PCP, os Verdes insistiram na necessidade de diversificar as empresas farmacêuticas onde comprar as vacinas, além dos laboratórios com quem a União Europeia já tem contratos.
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