Rio quer saber se cortes salariais na TAP são só até 2025
O presidente do PSD, Rui Rio, questionou hoje o primeiro-ministro se os cortes salariais recentemente acordados com os trabalhadores da TAP são até 2025 ou para sempre, alertando para o risco de "greves e mais greves" no futuro.
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Política TAP
"Os acordos salariais são só até 2025 ou 'ad aeternum'? No caso de serem 'ad aeternum' o que se propõe o Governo fazer se a TAP entrar num esquema igual a antigamente, de greves atrás de greves?", perguntou Rio, no debate sobre política geral com o primeiro-ministro.
"Num momento em que os trabalhadores da TAP acabam de assinar um acordo em que, nalgumas categorias, os cortes são de 5%, em vez de lhes dar uma palavra de elogio, vem aqui perguntar o que vai fazer o Governo se entrarem em greve? Ó senhor deputado, com franqueza", respondeu Costa, num tom mais irritado.
O primeiro-ministro aproveitou para saudar o acordo alcançado com as estruturas sindicais da TAP, "perante a situação gravíssima da aviação civil e catastrófica da empresa".
"Não digo que felicite o Governo, mas em vez de uma palavra de alento, de elogio pela forma responsável como as estruturas sindicais têm suportado esta crise, vem perguntar o que acontece quando começarem a fazer greve?", criticou.
Rui Rio referiu que o primeiro-ministro já afirmou que o Governo prevê investir, dos fundos europeus, 4,4 mil milhões de euros "em todas as empresas".
"Só para a TAP irão 3,7 mil milhões de euros, ou seja, uma só empresa leva quase tanto como as outras todas juntas. No plano entregue a Bruxelas, quanto prevê o Governo meter dos impostos dos portugueses na reestruturação da TAP?", questionou Rui Rio.
A pergunta ficou sem resposta por parte de António Costa, que salientou os pontos de vista "radicalmente diferentes" que ele e Rui Rio têm sobre a transportadora aérea nacional.
"O senhor tenderá a considerar que não é essencial para o país e a sua soberania (...) Hoje temos uma empresa vital para a economia nacional, fundamental para a relação com as comunidades portuguesas, para a unidade e soberania nacional e em vias de recuperação", defendeu António Costa.
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