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Ataque na RDCongo só pode ser qualificado como "cobarde"

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, condenou hoje veementemente o ataque armado contra um comboio humanitário na República Democrática do Congo, em que morreu o embaixador italiano naquele país, qualificando-o como "um ataque cobarde".

Ataque na RDCongo só pode ser qualificado como "cobarde"
Notícias ao Minuto

17:54 - 22/02/21 por André Campos

Política RD Congo

Falando numa conferência de imprensa em Bruxelas no final de uma reunião presencial de chefes da diplomacia da União Europeia -- no decurso da qual chegou a notícia do ataque, Augusto Santos Silva disse lamentar "profundamente a morte do embaixador italiano e também a morte de outras pessoas que iam no comboio" humanitário do Programa Alimentar Mundial, das Nações Unidas.

"Só há uma caracterização possível deste ataque: é um ataque cobarde. Um ataque a um comboio das Nações Unidas, um ataque a um comboio do Programa Alimentar Mundial só pode ser qualificado como aquilo que é: um ataque cobarde e inaceitável na sua cobardia", acusou Santos Silva.

Pouco antes das palavras do ministro, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, através da sua conta oficial na rede social Twitter, já condenara "veementemente" o ataque ao comboio humanitário, que resultou na morte do embaixador italiano, de um militar e de um funcionário do Programa Alimentar Mundial, expressando a sua "solidariedade para com as famílias das vítimas, as autoridades italianas e as Nações Unidas".

O embaixador italiano em Kinshasa, Luca Attanasio, foi hoje morto a tiro num ataque armado a um comboio do Programa Alimentar Mundial, durante uma visita perto de Goma, no leste da República Democrática do Congo, segundo fontes diplomáticas.

Luca Attanasio, que desempenhava as funções de embaixador na República Democrática do Congo desde início de 2018, foi "baleado no abdómen" e transportado "em estado crítico" para um hospital em Goma, segundo disse à agência AFP uma fonte diplomática.

O exército congolês disse, entretanto, que "as Forças Armadas Congolesas estão a tentar descobrir quem são os agressores".

O ataque ao comboio do PAM teve lugar a norte de Goma, a capital da província do Kivu Norte, que tem sido flagelada pela violência de grupos armados há mais de 25 anos.

Esta região, que acolhe o Parque Nacional da Virunga, uma joia natural, turística e em perigo de extinção, é também o cenário de conflito no Kivu Norte, onde dezenas de grupos armados lutam pelo controlo da riqueza do solo e subsolo.

Criado em 1925, o Parque Nacional de Virunga é Património Mundial da UNESCO. Estende-se por 7.769 km2, desde Goma até ao território de Beni, entre montanhas e florestas.

O parque é guardado por 689 guardas-florestais armados, dos quais pelo menos 200 foram mortos no cumprimento do seu dever, segundo os funcionários do parque.

Leia Também: Embaixador italiano morto em ataque armado na República do Congo

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