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Adiar eleições? Rio quer encontrar solução para problemas do PSD, diz PS

José Luís Carneiro criticou esta sexta-feira a iniciativa do PSD que pede o adiamento das eleições autárquicas 60 dias.

Adiar eleições? Rio quer encontrar solução para problemas do PSD, diz PS
Notícias ao Minuto

13:37 - 12/02/21 por Melissa Lopes

Política Eleições

O secretário-geral Adjunto do PS, José Luís Carneiro, reagiu esta sexta-feira à iniciativa parlamentar do PSD que pede o adiamento das eleições autárquicas em 60 dias, afirmando que "Rui Rio, com esta proposta, mostra que está mais preocupado em encontrar solução para as dificuldades internas do seu partido do que propriamente com o decurso regular dos atos eleitorais".

Sublinhando que é possível "introduzir melhorias no processo eleitoral" sem ser necessário adiar as eleições, o socialista enfatizou que o líder social-democrata "não pode querer solucionar dificuldades internas com iniciativas políticas desta natureza."

"Nas eleições autárquicas, quer os autarcas de freguesia, quer os autarcas de assembleia municipal e câmara assumem muita responsabilidade de muita proximidade com os portugueses", disse.

O socialista sublinhou que os mandatos autárquicos culminarão em outubro, o que significa que o adiamento das eleições remeteria para gestão corrente as autarquias.

"Ora, as autarquias são essenciais para a recuperação económica e social do país, para o cumprimento dos compromissos e no próprio combate à pandemia e têm de estar na plenitude das suas funções", argumentou José Luís Carneiro.

Adicionalmente, fundamentou, adiar as eleições para novembro e dezembro "significa adiá-las para o momento em que se prevê que seja votado o Orçamento do Estado para 2022".

Na ótica do PS, fazê-lo "em nada contribuirá para a clareza democrática, antes contribuirá para criar maior complexidade de um dos instrumentos essenciais à governação do país".

O dirigente socialista apontou ainda que o facto de os períodos mais favoráveis ao controlo do índice de contágio do novo coronavírus serem os períodos de melhores condições climatéricas é, também, uma "boa razão" para que as eleições possam ser ponderadas entre setembro e outubro.

"Vamos evitar complexificar ainda mais a nossa vida coletiva", pediu, esclarecendo que isso significa dar "estabilidade nomeadamente da preparação do processo eleitoral autárquico". E planear "significa trabalhar com um quadro eleitoral previsto. Tudo o que contribua para complexificar o sistema introduzirá ruído e imprevisibilidade", argumentou.

José Luís Carneiro critica ainda o argumento de Rui Rio sobre a dificuldade de contactar com os eleitores se a campanha for de apenas 20 dias, e ainda em contexto de pandemia, se as eleições forem marcadas para o primeiro fim de semana de setembro.

"Como é que será difícil contactar com os eleitores em setembro e outubro e será mais fácil contactar em outubro, novembro ou dezembro? Não compreendo como é que é possível que esse argumento seja considerado válido", atirou.

O socialista não quis comentar outras iniciativas que deram entrada no Parlamento (nomeadamente a do PAN que propõe a realização das eleições em dois dias). Mas afirmou que vamos ter de adaptar os modelos das campanhas eleitorais aos novos desafios, "um trabalho que compete fazer aos partidos e aos candidatos, encontrando formas de compatibilização entre as modalidades presenciais e as modalidades com recurso às novas tecnologias".

"A nossa atenção neste momento está no controlo da pandemia, na garantia de que somos capazes de criar as condições de recuperação económica e social", destacou.

O dirigente rematou com aquela que tem sido uma máxima do Governo: "Mesmo nos momentos mais críticos, em nenhum momento o país suspendeu os seus deveres e os seus direitos democráticos. Essa é a mais importante garantia que temos de continuar a salvaguardar".

Leia Também: PSD propõe adiamento das eleições autárquicas por 60 dias

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