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PCP cancela comício dos 100 anos em 06 de março e faz 100 ações no país

O PCP cancelou, devido à pandemia, o comício do centenário do partido no Campo Pequeno, em Lisboa, em 06 de março, que será substituído por 100 ações em todo o país, foi hoje anunciado.

PCP cancela comício dos 100 anos em 06 de março e faz 100 ações no país
Notícias ao Minuto

09:54 - 11/02/21 por Lusa

Política Covid-19

A informação do cancelamento do comício, que "se considerou nas condições atuais não ser adequado realizar", surge no meio de um artigo na edição de hoje do Avante, órgão oficial dos comunistas, mais tarde explicadas pelo secretário-geral do partido, Jerónimo de Sousa, à margem de uma conferência de imprensa sobre educação.

"Pesando a situação, a possível evolução" da crise epidémica de covid-19, o PCP considerou que "não estão criadas as condições para a realização do comício anunciado para o Campo Pequeno"

Para o substituir, os comunistas organizam uma iniciativa sob o lema 100 anos, 100 ações, espalhadas pelo país, "umas mais singelas, outras mais temáticas", como as definiu Jerónimo de Sousa.

A iniciativa agora cancelada foi anunciada há cerca de um ano, no 99.º aniversário do PCP, no último comício do partido antes do confinamento geral devido à pandemia, em 06 de março de 2020.

Será um "vasto conjunto de iniciativas, centrado nos problemas do país, dos trabalhadores e do povo", estando anunciada uma "ação" em Lisboa, no Rossio, em que participa o secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, lê-se no artigo do Avante.

Os comunistas garantem que nestas 100 ações "serão garantidas as condições sanitárias, dando mais uma prova de que é possível continuar a intervir e a lutar e ao mesmo tempo proteger a saúde", algo que Jerónimo depois reafirmou dizendo que "é possível a vida, que a comemoração de 100 anos deste partido tem grande importância".

O comício do centenário estava previsto para o Campo Pequeno, em Lisboa, um local simbólico para o partido, onde se realizou o primeiro grande comício do PCP a seguir ao 25 de Abril, com Álvaro Cunhal (1913-2005), o líder histórico dos comunistas portugueses.

O surto epidemiológico da covid-19 levou a uma redução das agendas dos líderes dos partidos, com mais ações à distância ou com menos pessoas, e até o cancelamento de congressos partidários.

Portugal está a viver pela segunda vez, em menos de um ano, um confinamento geral, e sob estado de emergência devido à crise epidémica, o que não limita a atividade política nem a realização de eleições, como aconteceu com as presidenciais de 24 de janeiro.

O Partido Comunista Português (PCP) foi criado em 1921 e teve, ao longo da sua história, cinco secretários-gerais, tendo Álvaro Cunhal sido o mais marcante, durante 32 anos, entre 1961 e 1992.

O primeiro, de 1921 a 1929, foi José Carlos Rates, seguindo-se Bento Gonçalves, de 1929 a 1942. Da década de 1940 a 1961 houve um período sem secretário-geral, antes de Cunhal ser escolhido. Carlos Carvalhas foi líder do partido de 1992 e 2004, ano em que é escolhido Jerónimo de Sousa.

Em Portugal já morreram 14.557 pessoas dos 770.502 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.341.496 mortos no mundo, resultantes de mais de 106,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Leia Também: PCP denuncia "dezenas de despedimentos" em fábrica da Póvoa de Varzim

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