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Pedro Nuno Santos agradece a Ana Gomes não ter deixado socialistas sós

O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, agradeceu hoje à candidata presidencial Ana Gomes não ter deixado "os socialistas sozinhos" nesta campanha, num discurso em que fez críticas implícitas ao atual Presidente da República no domínio da saúde.

Pedro Nuno Santos agradece a Ana Gomes não ter deixado socialistas sós
Notícias ao Minuto

19:31 - 22/01/21 por Lusa

Política Presidenciais

O antigo líder da Juventude Socialista foi um dos oradores da última conversa online que a ex-eurodeputada do PS promove diariamente nas suas redes sociais ao final da tarde e defendeu que nas eleições presidenciais não se elege "apenas um indivíduo, mas um ideário, uma determinada visão do mundo".

"Ana, obrigado por não deixares os socialistas sozinhos nesta campanha", afirmou Pedro Nuno Santos, que criticou, nos órgãos do partido a posição do PS de não dar indicação de voto nas presidenciais de domingo.

O antigo líder da Federação da Distrital de Aveiro do PS elogiou ainda a antiga eurodeputada e militantes socialista por ser "autêntica" e não ter medo de "enfrentar os de cima", lamentando que existam cada vez mais "políticos construídos".

"A Ana Gomes não é, na minha opinião, a candidata mais institucionalista e ainda bem: há uma coisa de que precisamos cada vez mais na política, a autenticidade. Quem é autêntico não está obcecado em que tudo o que diga não seja alvo de críticas e não tem a tática permanentemente na cabeça antes de falar", afirmou.

Sem nunca referir o nome de Marcelo Rebelo de Sousa, o ministro das Infraestruturas e Habitação referiu a visão sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS) durante a pandemia para vincar a diferença de pensamento entre esquerda e direita.

"Quando o Governo, num momento difícil, inicia uma negociação com grupos privados da saúde, à Ana Gomes Presidente da República nunca lhe ocorreria reunir com os grupos privados", afirmou, numa crítica implícita ao atual chefe de Estado e recandidato, que em teve várias audiências em Belém com administradores deste setor.

"É nestes momentos que as pessoas se definem e expressam a sua visão do mundo e da sociedade", considerou.

Na conversa online hoje com o tema "Portugal, país que escolhe o seu futuro", Ana Gomes apresentou Pedro Nuno Santos como "um digno representante de uma linhagem de socialistas de convicção", em que colocou - como habitualmente - Mário Soares, Manuel Alegre, Jorge Sampaio ou António Guterres.

"E, naturalmente, António Costa", acrescentou hoje a candidata.

Na sua intervenção, Pedro Nuno Santos saudou a "audácia" da candidatura de Ana Gomes, agradecendo-lhe por os socialistas não estarem, no domingo, "limitados a escolher entre candidatos de outros campos políticos e outros partidos".

"Eu sei que muitos camaradas meus dizem que não basta ser militante do PS para ter o voto do PS. Pois não, não basta, mas Ana Gomes não é uma militante qualquer, é alguém que deu muito ao país, não só em nome do Estado, mas do PS", defendeu.

Em Ana Gomes, o antigo líder da 'jota' vê alguém que "não tem necessidade de ser aceite e elogiada pela elite", mas que tem a coragem de "enfrentar os de cima em nome de quem precisa".

"Muitos portugueses não percebem porque é que trabalham arduamente a vida inteira e, ao fim de 30 anos, ganham sensivelmente o mesmo do que quando começaram a trabalhar", referiu.

Para o membro do atual Governo do PS, "é este povo, é este país que sente que a sua vida não sai da cepa torta que precisa de homens e mulheres como Ana".

O antigo dirigente socialista deixou anda uma nota sobre legislação laboral, que apontou como "uma das maiores conquistas e um instrumento de proteção de quem trabalha".

"A ideia de que a economia e as empresas só são competitivas se abdicarmos de direitos é o discurso da direita e não o discurso socialista. Já ouvi dizer que é melhor precário do que desempregado, que é melhor ter o salário mínimo do que nada, mas este é o discurso da direita", alertou.

Concorrem às eleições presidenciais de domingo sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), o ex-militante do PS Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans e presidente do RIR - Reagir, Incluir, Reciclar, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).

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