PS pede aos seus militantes e simpatizantes para votarem no domingo
O secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, enviou hoje uma mensagem aos militantes e simpatizantes socialistas a apelar-lhes ao voto nas eleições presidenciais deste domingo, mesmo na atual conjuntura de estado de emergência em Portugal.
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Política Presidenciais
"As eleições presidenciais correspondem a um dos mais importantes momentos no nosso sistema democrático e constitucional", salienta o "número dois" da direção do PS.
Na mensagem, José Luís Carneiro refere-se depois à atual crise sanitária por causa da covid-19, observando que o ato eleitoral vai ocorrer com o país em estado de emergência, "com imensas limitações".
"São razões acrescidas para que os militantes e os simpatizantes do PS se empenhem neste ato eleitoral. Votar é um dever cívico. Devemos fazê-lo cumprindo as recomendações das autoridades de saúde: o uso da máscara, o distanciamento social, a higienização e desinfeção das mãos e o uso de esferográfica própria", acrescenta.
O PS definiu a sua posição política sobre as eleições presidenciais em 07 de novembro, durante uma reunião da Comissão Nacional em que foi aprovada por larga maioria, com apenas duas abstenções e cinco votos contra, uma moção em que o partido não indicou apoio oficial a nenhum dos candidatos na corrida a Belém.
Nessa moção sobre as eleições presidenciais, que foi apresentada pelo secretário-geral do PS, António Costa, refere-se expressamente a "avaliação positiva" do mandato de Marcelo Rebelo de Sousa como Presidente da República e saúda-se depois a candidatura da socialista Ana Gomes.
"O PS faz uma avaliação positiva do atual mandato de Marcelo Rebelo de Sousa. Valoriza o entendimento que tem praticado da função presidencial, a proximidade com os portugueses, a solidariedade institucional com os demais órgãos de soberania, a ação na Europa e no mundo em prol dos interesses de Portugal", lê-se nessa moção.
No documento, o PS destaca também a "correta cooperação institucional entre o Presidente da República e o Governo", considerando que "foi um importante contributo para que Portugal superasse a crise e retomasse o caminho do crescimento e da convergência com a União Europeia e reforçasse a sua credibilidade internacional".
"É da lógica do nosso sistema de Governo que Presidente da República, Assembleia da República e Governo não tenham de estar alinhados senão na interpretação e defesa da Constituição e do interesse nacional. A diversidade e até a tensão democrática que ocorram entre órgãos detidos por personalidades de distinta proveniência doutrinária e política são normais numa democracia madura e consolidada, como a portuguesa, e podem contribuir para que todos se sintam integrados e representados na casa comum que é Portugal", salienta-se ainda no texto da moção que saiu da Comissão Nacional do PS.
Em relação às restantes candidaturas, a moção dos socialistas destaca a de Ana Gomes, "distinta militante socialista".
"As candidaturas presidenciais do campo democrático, na sua diversidade, proporcionarão seguramente um debate político plural, que contribuirá para afirmar a vitalidade e maturidade da democracia portuguesa, e a derrota clara da candidatura da extrema direita xenófoba", acrescenta-se.
Nessa reunião, a opção do PS de não declarar apoio oficial a Ana Gomes motivou críticas do ministro das Infraestruturas e antigo líder da JS Pedro Nuno Santos e do membro da Comissão Política Daniel Adrião.
Concorrem às eleições presidenciais de domingo sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), o ex-militante do PS Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans e presidente do RIR - Reagir, Incluir, Reciclar, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).
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