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Escolas. Governo parece basear-se "na opinião pública sobre a matéria"

Manuela Ferreira Leite indicou esta quinta-feira, na antena da TVI24, que não concorda com o ensino à distância, mas que ficou "perplexa" com a impreparação do Governo para lidar com o impacto de uma nova vaga nas escolas, onde já deveriam existir mecanismos para evitar suspensão de aulas.

Escolas. Governo parece basear-se "na opinião pública sobre a matéria"

Manuela Ferreira Leite indicou esta quinta-feira, no seu espaço habitual de opinião da TVI24, ter “imensa dificuldade em perceber quais são os fundamentos das decisões do Governo” no que diz respeito às escolas, uma vez “que elas mudam num espaço de tempo muito curto”.

“Acho que o Governo reage muito menos sobre decisões - ou sobre opiniões de natureza científica, como está sempre a dizer que faz - e mais sobre aquilo que pensa que é a opinião pública sobre a matéria”, criticou a comentadora política.

Ferreira Leite recordou que, após o primeiro confinamento, “quando foi proclamado milagre português relativamente ao combate à pandemia”, o ensino à distância foi muito elogiado. “Nesse milagre incluía-se outro milagre que era o efeito altamente benéfico que houve no sistema educativo, com o ensino à distância, com todos os benefícios que daí decorreram”, disse, lembrando que foi prometido um investimento nessa área, inclusive.

Ainda que não tenha “partilhado desse entusiasmo” com o ensino à distância, citando as diferenças económicas e sociais dos alunos, Ferreira Leite admite que ficou “perplexa” por não ter havido melhor preparação para um momento como este.

“Sempre pensei que, tanto os serviços de educação como os de saúde, se preparassem para minimizar os custos de uma nova vaga”, indicou Manuela Ferreira Leite, estranhando que “não se tivessem tomado medidas quase imediatas de encerrar as escolas”.

“Fico perplexa que seja um simples fecho, que não se tenha evoluído no tal sistema de ensino à distância, que o Governo na altura proclamou como algo muito importante e necessário”, acrescentou.

Sobre o período anunciado de 15 dias, a economista mostra descrédito e acredita que esse prazo “deve ter a ver com o aspeto jurídico e legal, por causa do Estado de Emergência”, antevendo um período mais alargado de suspensão.

Recorde-se que o primeiro-ministro, António Costa, anunciou a medida, que entra em vigor na sexta-feira, após uma reunião do Conselho de Ministros e referiu que se justifica por um "princípio de precaução" por causa do aumento do número de casos da variante mais contagiosa do SARS-CoV-2, que cresceram de cerca de 8% de prevalência na semana passada para cerca de 20% atualmente.

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