'Número 2' de Ventura já considera "positivo" 10% dos votos
O primeiro vice-presidente do Chega, Diogo Pacheco de Amorim, moderou hoje as expectativas eleitorais do candidato presidencial André Ventura para o sufrágio de domingo, considerando como "positivo" um eventual resultado de "dois dígitos".
© Getty Images
Política Presidenciais
"Neste momento, a fasquia colocada pelo André [Ventura] foi terminar em segundo lugar, portanto, à frente da Ana Gomes. Eu considero que dois dígitos, 10%, já é um ótimo resultado, mas isso é a minha opinião", disse, em entrevista à agência Lusa.
O assessor do partido da extrema-direita parlamentar na Assembleia da República invocou o "feedback" (resposta) entretanto recebido" por uma candidatura a chefe de Estado cujo o orçamento para a campanha é de 160 mil euros e contém um item de 25 mil euros para "agências de comunicação e estudos de mercado".
O autor da "matriz ideológica", "textos fundadores" e programa eleitoral para as Legislativas2019 da recém-formada força política nacional-populista, de 71 anos, afirmou ter a "ideia" de que "a campanha tem vindo num crescendo, desde o princípio, de uma forma sustentada".
"Nos últimos dois/três dias, houve ali uma estabilização, mas julgo que dará para cumprir e ficar à frente da Ana Gomes", prognosticou.
André Ventura, ao longo dos primeiros 10 de 13 dias de período oficial de propaganda teve várias oscilações de discurso, como é seu timbre, alterando amiudadamente a sua meta: do desejado segundo lugar, a ficar à frente de toda a esquerda ou obrigar mesmo o chefe de Estado e recandidato, Marcelo Rebelo de Sousa, a uma segunda volta.
A única eleição em que houve uma segunda volta presidencial foi há 34 anos, em 16 de fevereiro de 1986, aquando da tensa e mobilizadora disputa entre o socialista Mário Soares e o democrata-cristão Freitas do Amaral, após dois mandatos do general Ramalho Eanes.
Pacheco de Amorim esteve em vias de ocupar assento parlamentar em São Bento para substituir Ventura durante a campanha eleitoral, mas tal pedido foi rejeitado pela comissão parlamentar de Transparência e Estatuto do Deputados e, depois, em sessão plenária da Assembleia da República, por não ter cobertura legal.
As eleições presidenciais realizam-se em plena epidemia de covid-19 em Portugal no domingo, sendo a 10.ª vez que os cidadãos portugueses escolhem o chefe de Estado em democracia. A campanha eleitoral começou no dia 10 de janeiro e termina sexta-feira (22 de janeiro).
Há outros seis candidatos: o incumbente Marcelo (apoiado oficialmente por PSD e CDS-PP), a diplomata e ex-eurodeputada do PS Ana Gomes (PAN e Livre), o eurodeputado e dirigente comunista, João Ferreira (PCP e "Os Verdes"), a eurodeputada e dirigente do BE, Marisa Matias, o fundador da Iniciativa Liberal Tiago Mayan e o calceteiro e ex-autarca socialista Vitorino Silva ("Tino de Rans", presidente do RIR - Reagir, Incluir, Reciclar).
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com