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Presidenciais. Eleição de Cavaco em 2011 mantém recorde de abstenção

A mais alta taxa de abstenção em eleições presidenciais foi registada na reeleição de Cavaco Silva, em 2011, em que 53,56% dos eleitores não se dirigiu às urnas, com o sufrágio de 2016 a ocupar o segundo lugar.

Presidenciais. Eleição de Cavaco em 2011 mantém recorde de abstenção
Notícias ao Minuto

10:00 - 20/01/21 por Lusa

Política Presidenciais

No pós-25 de Abril de 1974, a reeleição de Cavaco Silva, que venceu com 52,95% dos votos, confirmou a tendência para uma maior abstenção quando se trata de um segundo mandato, registando-se uma abstenção de 53,56%.

Antes desta reeleição, o "recorde" da taxa de abstenção em presidenciais tinha sido registado no segundo mandato de Jorge Sampaio, em janeiro de 2001, com 50,29% de abstencionistas.

Mas 2016 veio ocupar o segundo lugar no "pódio" das taxas de abstenção, registando-se 51,34% de abstencionistas num sufrágio que elegeu há cinco anos o sucessor de Cavaco Silva, Marcelo Rebelo de Sousa.

Nessas presidenciais votaram 4,7 milhões de eleitores em 9,7 milhões inscritos, das quais saiu vitorioso Marcelo Rebelo de Sousa, com uma margem de 52% de votos à primeira volta.

O atual chefe de estado concorreu contra Maria de Belém Roseira, Sampaio da Nóvoa, Edgar Silva, Marisa Matias, Vitorino Silva, conhecido por Tino de Rans, Henrique Neto, Cândido Ferreira, Paulo Morais e Jorge Sequeira

Em 1991, nas quartas presidenciais e também numa reeleição, a do antigo Presidente da República Mário Soares, a abstenção já tinha sido a mais elevada até então, 37,8%.

A exceção à "regra" de maior abstenção numa reeleição é protagonizada pelo general António Ramalho Eanes, que foi reeleito em 1980 num escrutínio que registou a menor percentagem de abstencionistas, cerca de 15%.

Esta foi, aliás, a eleição presidencial mais concorrida de sempre, com uma participação de 84,39% dos eleitores inscritos.

Por três vezes, a renúncia ao voto se situaou na casa dos 30 por cento: 37,84% na reeleição de Mário Soares, em 1991; 33,71% na primeira eleição de Jorge Sampaio, em 1996, e 38,47% no sufrágio ganho por Aníbal Cavaco Silva, em 2006.

Nos restantes atos eleitorais, a abstenção variou entre os 24,53% quando Ramalho Eanes se tornou o primeiro presidente eleito por sufrágio universal, em 1976, e os 24,62% e 22,01%, na primeira e segunda voltas, respetivamente, da votação em 1986, que elegeu pela primeira vez Mário Soares.

As próximas eleições para eleger o Presidente da República, as décimas, realizam-se a 24 de janeiro de 2021.

Este será o primeiro sufrágio nacional realizado em contexto de pandemia da covid-19, com consequências ainda desconhecidas na participação eleitoral.

Ainda assim, para evitar uma abstenção "forçada" pelo confinamento, o ministério da Administração Interna prevê o voto antecipado para eleitores em confinamento obrigatório, que pode ser requerido entre 14 e 17 de janeiro.

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