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Presidenciais: "Marcelo lavou as mãos da situação em que estamos"

O líder parlamentar bloquista avisou hoje que Marcelo Rebelo de Sousa "não é um candidato de marca branca", mas com um "cunho de direita", criticando-o por atirar "a água para o capote do Governo" nas responsabilidades sobre a pandemia.

Presidenciais: "Marcelo lavou as mãos da situação em que estamos"
Notícias ao Minuto

06:46 - 19/01/21 por Lusa

Política Pedro Filipe Soares

Pedro Filipe Soares discursou esta noite no comício virtual da candidatura de Marisa Matias às eleições presidenciais do próximo domingo e não poupou nas críticas a dois dos opositores da bloquista: Marcelo Rebelo de Sousa e André Ventura.

O líder da bancada parlamentar do BE condenou que, num momento difícil do país, "ao contrário do que era de esperar" não se encontrou em Marcelo Rebelo de Sousa "o cumpridor das promessas que fez há dias atrás".

"Marcelo Rebelo de Sousa fez o que não se esperava: lavou as mãos da situação em que estamos. Disse que a culpa desta falta de preparação para a terceira vaga era porque o Governo não a previu. Ainda há dias dizia que assumia todas as responsabilidades para hoje vir atirar a água para o capote do Governo. É assim que se trai a confiança de um povo", criticou.

Pedro Filipe Soares recorreu, de novo, ao debate das rádios desta manhã para criticar o Presidente da República recandidato por, depois do último mês, "continuar a insistir que dará posse a um Governo com a participação da extrema-direita", agora "desde que haja um acordo de papel timbrado, aceitando para o país o que já aceitou para os Açores".

"Para o candidato Marcelo Rebelo de Sousa parece que não há limites no que aceita fazer para que a direita chegue ao poder, seja em 2023, seja antes disso. Ao contrário do que quer fazer, entre selfies e abraços, Marcelo não é um candidato de marca branca, tem cunho de direita e um projeto de poder no horizonte do qual, diz-nos, o Chega também faz parte", condenou.

Já em relação a André Ventura, o bloquista afirmou que "os portugueses de bem não querem ditaduras, sabem valorizar muito bem a democracia" e também "não gostam de insultos aos adversários políticos ou aos candidatos presidenciais".

"Os portugueses de bem não aceitam que se coloque em causa a saúde de pessoas, promovendo ajuntamentos, jantares de campanha ou comícios onde não há qualquer respeito pelas regras sanitárias no momento em que o país coloca em causa a prestação de cuidados de saúde a todos nós por causa de uma pandemia. Os portugueses de bem também não compreendem quem insulta ou ameaça jornalistas quando a campanha lhe começa a correr mal", enfatizou.

Para Pedro Filipe Soares, a "cadeira vazia do candidato da extrema direita" no debate das rádios é o momento em que André Ventura "foi mais verdadeiro, mais fiel a si próprio".

"Fez no debate como faz no parlamento, faltou. Fez ao debate o que faz à política, fugiu ao contraditório e às suas responsabilidades. Teve a mesma falta de coragem que nós vimos noutros momentos: como sabia que seria desmascarado, sumiu para evitar dar explicações", atirou.

Já em relação às novas regras de confinamento hoje conhecidas, o dirigente do BE criticou que, na "situação limite atual" dos serviços de saúde, "o Governo continue a adiar a requisição dos privados da saúde, rejeitando colocar toda a capacidade de saúde instalada no país sob o comando do SNS".

"Enfermarias e Unidades de Cuidados Intensivos no limite, os profissionais cansados, hospitais de campanha que não abrem por falta de pessoal e o Primeiro-Ministro diz que a 'requisição civil será se e quando necessário'. O que falta mais?", questionou.

Portugal contabilizou na segunda-feira 167 mortes, um novo máximo de óbitos em 24 horas relacionados com a covid-19, e 6.702 novos casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

O boletim epidemiológico da DGS revelou também que foram ultrapassados os cinco mil internamentos hospitalares por covid-19, estando 5.165 pessoas internadas, mais 276 do que no domingo, das quais 664 em unidades de cuidados intensivos, ou seja, mais 17.

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