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Marisa Matias acusa PR de ter subestimado novas vagas da pandemia

A candidata presidencial apoiada pelo BE, Marisa Matias, acusou hoje a Presidência da República de ter subestimado as novas vagas da pandemia, considerando que todos os órgãos de soberania têm de assumir as suas responsabilidades.

Marisa Matias acusa PR de ter subestimado novas vagas da pandemia
Notícias ao Minuto

17:49 - 18/01/21 por Lusa

Política Presidenciais

No nono dia de campanha, e depois de passar a manhã no debate em simultâneo da TSF, RR e Antena 1, a caravana de Marisa Matias voltou ao Cinema São Jorge - local onde tinha estado no primeiro comício virtual do período oficial de campanha -, a uma sala vazia na qual se encontrou com dois trabalhadores do setor da cultura afetados pela pandemia, com o objetivo de reclamar mais apoios para estas pessoas.

"Houve uma má preparação por parte do Governo em relação à segunda e à terceira vaga e também a Presidência da República no sentido em que subestimou esta segunda e esta terceira vaga", reiterou, quando confrontada com as suas declarações do dia anterior, nas quais apontou falhas nesta preparação por parte das autoridades e dos poderes públicos .

Confrontada com a declaração do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, precisamente no debate das rádios desta manhã, que considerou que o Governo não previu a terceira vaga da pandemia de covid-19, a candidata presidencial foi perentória: "numa situação destas as responsabilidades têm que ser assumidas por todos os órgãos de soberania e não apenas por um".

Para Marisa Matias, "a falha maior continua a ser a mesma", ou seja, "há um desencontro total entre a exigência que é pedida às pessoas e os apoios que estão a ser dados e as pessoas precisam desses apoios para viver".

"Estamos no pior momento, mas estamos perfeitamente a tempo de corrigir essas falhas e de fazer coincidir o que são exigências com apoios para que as pessoas possam cumprir", apelou.

Sobre as eventuais medidas que possam sair do Conselho de Ministros de hoje, a dirigente e eurodeputada bloquista insistiu que se deve fazer sempre o que "é recomendado pelas autoridades de saúde".

"Não sei quais são as medidas, mas o conselho acho que deve ser esse. Todos os setores que tiverem de fechar, devem fechar, mas tendo a certeza e a garantia de apoios. Todos os setores e atividades que precisam de ficar abertos, devem ficar, mas garantindo que há um programa vasto e alargado de rastreio e de testagem que não está a acontecer", defendeu.

Outras das coisas que deve acontecer, para Marisa Matias, é que todos os apoios todos e todos os recursos estejam "disponíveis a apoiar o SNS, sejam eles privados, sociais e avançar mais depressa possível para requisição".

O Presidente da República e recandidato considerou hoje que o Governo não previu a terceira vaga da pandemia de covid-19 e afirmou que, se for necessário, será utilizada a requisição civil de meios de saúde privados.

"Eu diria que houve, por um lado, a não antevisão da terceira vaga no tempo propriamente dito, a concentração no caso da grande Lisboa, e houve a sensação de que não iam ser necessários tantos recursos privados e sociais quanto aquilo que acabou por ser necessário a partir, sobretudo, do crescimento dos casos em dezembro e em janeiro", afirmou o chefe de Estado.

Marcelo Rebelo de Sousa participou hoje num debate radiofónico entre seis candidatos a Presidente da República (sem André Ventura, que recusou participar), que será o último antes das eleições do próximo domingo.

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