Vital aponta "contradições quanto ao SNS" a candidatos de Esquerda
Constitucionalista nota que, embora todos os candidatos presidenciais de Esquerda compartilhem "uma explícita animosidade contra o setor privado da saúde", todos eles apoiam a ADSE (um sistema de saúde privativo dos funcionários públicos).
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Política Presidenciais
Vital Moreira considera que os candidatos presidenciais da ala Esquerda manifestam "contradições" em relação às posições sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
"Todos os candidatos presidenciais de esquerda compartilham uma explícita animosidade contra o setor privado da saúde, mas todos eles apoiam a ADSE - o sistema de saúde privativo dos funcionários públicos - , que é o seu principal cliente e financiador (depois do próprio SNS), contribuindo assim o próprio Estado para que o SNS seja cada vez menos universal, como dispõe a Constituição", assinala o constitucionalista, num artigo de opinião publicado no blogue Causa Nossa.
O ex-eurodeputado do PS encontra outra contradição nos argumentos dos candidatos presidenciais. "Todos (...) se opõem, por princípio, às parcerias público-privadas (PPP) no SNS, ou seja, à concessão da gestão de hospitais do SNS a entidades de saúde privadas". No entanto, "a avaliação existente dessas situações prova que a gestão privada é, em geral, mais eficiente, poupando dinheiro ao Estado", aponta.
As eleições presidenciais, que se realizam em plena pandemia de Covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.
Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).
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