Marisa Matias mantém campanha para mostrar "quem está a segurar o país"
A candidata presidencial Marisa Matias defendeu hoje que as pessoas percebem que se continue uma campanha para mostrar "quem está a segurar o país" durante a pandemia, comprometendo-se a cumprir as recomendações das autoridades de saúde.
© Global Imagens
Política Presidenciais
Entre as exceções decretadas pelo Governo ao dever de recolhimento domiciliário, em vigor a partir de sexta-feira, está precisamente a "participação no âmbito da campanha eleitoral ou da eleição do Presidente da República".
Hoje, à margem da sua primeira ação de campanha, Marisa Matias foi questionada sobre o que fará em relação ao resto da sua corrida eleitoral a Belém perante este novo confinamento, tendo garantido aos jornalistas que se manterá "em linha com o cumprimento das recomendações das autoridades de saúde" uma vez que a campanha já foi pensada "nessas circunstâncias".
À pergunta se as pessoas que ficam obrigadas a estar em casa compreenderão que a campanha continue na rua, a recandidata apoiada pelo BE foi perentória: "é uma campanha muito limitada e acho que as pessoas percebem, sim".
"As pessoas gostam de saber quem é que está a segurar o país, quem é que está na linha da frente, quem é está com dificuldades. Gostam de saber isso, olhando para os rostos e sabendo os nomes das pessoas que estão a fazer isso e não apenas por descrições, por números", defendeu.
A pandemia, continuou Marisa Matias, "tem números muito dramáticos", mas tem também "rostos, tem vidas, tem caras, tem famílias que estão a ser deixadas para trás", para além das famílias, pessoas e empresas que "continuam a lutar desesperadamente para poder manter a sua resposta", como é o caso da associação que visitou esta manhã.
"Eu acho que, no meio de tudo isto, não tenho dúvidas de que as pessoas compreenderão que dar rostos, dar nomes e dar a entender o que é o trabalho que é feito nos bastidores destes números tão preocupantes é um serviço que fazemos e que devemos fazer e eu acho que é para isso que servem as campanhas também", apontou.
As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro.
Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).
A pandemia de covid-19 provocou 8.236 mortos em Portugal, dos 507.108 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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