Presidenciais. "Eleições deviam ser adiadas por, pelo menos, três meses"
Miguel Sousa Tavares considera que devia ter sido realizada uma revisão constitucional para permitir que a ida às urnas no dia 24 de janeiro fosse adiada.
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Política Miguel Sousa Tavares
Miguel Sousa Tavares defendeu que as eleições presidenciais não deviam realizar-se este mês, tendo em conta a situação pandémica.
"Se houvesse juízo não haveria eleições no dia 24. Deveriam ser adiadas por, pelo menos, três meses até que saíssemos desta situação", afirmou, ontem à noite, no seu espaço de comentário, na TVI24.
Para Sousa Tavares, num momento em que a população vai ser submetida a um novo confinamento, "pedir aos portugueses que abram exceção num dia para irem votar é completamente absurdo". "As pessoas vão ser trancadas em casa, a maior parte não vai poder sequer sair para ir trabalhar, também não vão poder ir a lojas, restaurantes ou ver amigos e familiares", recordou.
Reiterando que as eleições presidenciais deveriam ter sido adiadas, o comentador considerou ainda que deveria ter sido realizada uma revisão constitucional para permitir que a ida às urnas fosse adiada.
"A Constituição barrou-se a si mesma, [a revisão constitucional] é complicada e demorada, mas, mesmo assim, isto devia ter sido pensado antes. Tal como muitas outras coisas", atirou.
É de recordar que o Governo já decidiu que o país irá entrar num confinamento geral, ainda esta semana, para suster o avanço da pandemia depois de na última semana terem aumentado significativamente os números de mortos e de novos casos de Covid-19.
Para hoje, é esperado que o Presidente da República envie à Assembleia da República o decreto presidencial sobre as novas normas do Estado de Emergência. Na quarta-feira, a Assembleia da República deverá aprovar o decreto, reunindo-se depois o Conselho de Ministros para definir as novas medidas.
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