Vitorino Silva acredita na 2.ª volta mas não sabe qual o seu adversário

O candidato presidencial Vitorino Silva mostra-se convicto de que vai disputar uma segunda volta das eleições de 24 de janeiro, porque este ano não foi "abafado" como considera que aconteceu há cinco anos.

Vitorino Silva, Tino de Rans

© Global Imagens

Lusa
12/01/2021 06:29 ‧ 12/01/2021 por Lusa

Política

Presidenciais

"Já sei em quem vou votar na segunda volta, não sei é quem vai ser o meu adversário. Acredito que vou à segunda volta", afirmou Vitorino Silva, em entrevista à agência Lusa, o candidato a Belém que apenas vai utilizar um 'cartaz' durante a campanha, o tal que "calça [tamanho] 43 e mede 1,78 metros".

O também fundador e dirigente do RIR (Reagir, Incluir e Reciclar) recandidatou-se à Presidência da República depois de em 2016 ter arrecadado 152.094 votos, ou seja, 3,28% do total de eleitores que foram às urnas.

Este ano o candidato, popularmente conhecido como "Tino de Rans", acredita que vai conseguir muitos mais votos, inclusive o suficiente para disputar uma segunda volta com um dos outros seis adversários, uma vez que os portugueses aceitaram "muito bem" uma candidatura que apenas este ano conseguiu "visibilidade" mediática.

"Estou a ter uma visibilidade que nunca tive e não fiz nada para ter essa visibilidade. Há cinco anos fui abafado. Toda a gente achava que era um candidato provisório. Há dois anos [nas legislativas] fomos abafados [enquanto partido] e agora também íamos ser abafados, não sei porquê, que mal é que eu fiz", sustentou.

Contudo, o "povo anónimo, mas que está muito atento, estava com os olhos bem abertos" e impediu que Vitorino Silva, por exemplo, ficasse de fora dos debates na RTP, SIC e TVI com os outros seis candidatos -- como inicialmente estava previsto.

"O que mudou é que agora ouvem a minha voz, porque tive a oportunidade de estar em debates, estive a jogar ao mesmo nível que eles [os outros candidatos] e o eco chegou bem longe", argumenta.

Esta candidatura é, na opinião do candidato, consequência da vontade popular que até hoje "foi sempre figurante", mas "chegou a hora de o povo atingir o papel principal".

O dirigente do RIR afirmou que "é um homem só, que não está sozinho" porque é "assessorado pelo povo", ou seja, Vitorino Silva considera que tem "dez milhões de assessores".

O candidato conhecido também pelas alegorias e pelas expressões populares que utiliza para acompanhar todas as intervenções que faz sustenta que "'até ao lavar dos cestos ainda é vindima'".

As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.

A campanha eleitoral decorre entre 10 e 22 de janeiro, com o país a viver sob medidas restritivas devido à epidemia. Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).

Desde 1976, foram Presidentes António Ramalho Eanes (1976-1986), Mário Soares (1986-1996), Jorge Sampaio (1996-2006) e Cavaco Silva (2006-2016). O atual chefe de Estado, eleito em 2016, é Marcelo Rebelo de Sousa, que se recandidata ao cargo.

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