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"Demagogia" na TAP. "Novo CEO vai ganhar menos 40% que o anterior"

"A analogia rápida é esta: era coronel e passa a general. Ganhará mais que coronel, mas menos 40% que o general anterior", esclarece Porfírio Silva.

"Demagogia" na TAP. "Novo CEO vai ganhar menos 40% que o anterior"
Notícias ao Minuto

12:37 - 30/12/20 por Notícias Ao Minuto com Lusa

Política TAP

O deputado do PS socorreu-se das redes sociais para versar sobre o que diz ser "demagogia, agora sobre a TAP." Porfírio Silva destaca, então, que "o novo CEO da TAP vai ganhar menos 40% do que o anterior", mas que, "a notícia é que ele vai ganhar não sei quanto a mais do que ganhava antes".

"A analogia rápida é esta: era coronel e passa a general. Ganhará mais que coronel, mas menos 40% que o general anterior", refere ainda. 

E prossegue: "Claro, há sempre quem ache que o principal executivo de uma grande empresa deveria ganhar como director de serviços... mas esses são os que, no fundo, querem uma empresa de vão de escada, mal gerida."

"Eu também abomino as excessivas diferenças salariais dentro de uma empresa, mas não se salva uma empresa, tão importante para toda a nossa economia, com amadorismo e fora dos padrões de operação do sector. E, repito: ganhar menos 40% do que o anterior ocupante do lugar não é coisa pouca", termina o deputado.

O Bloco de Esquerda perguntou ontem ao Governo se deu aval ao aumento de salários, "para quase o dobro", de três administradores da TAP e se estava disponível para rever a decisão. Numa questão enviada para o Ministério das Infraestruturas e Habitação, através do parlamento, os bloquistas consideram que "não é compreensível ou aceitável que se estejam a prever cerca de 2 mil despedimentos e reduções salariais de 25% aos trabalhadores e, ao mesmo tempo, se decidam subidas salariais na administração".

Já o PSD questionou o Executivo sobre se confirmava o aumento de remunerações de vários administradores da TAP e se "já deu ou vai dar orientações para que decisão seja revertida com caráter imediato e efeitos retroativos". "É deplorável que tal suceda quando se está na iminência de verificar na TAP o maior despedimento coletivo público de que há memória e a impor perdas significativas nos salários dos seus colaboradores", criticam os deputados sociais democratas.

O Governo esclareceu então que a TAP não teve acréscimos de custos salariais com as funções desempenhadas pelos seus administradores, em resposta às notícias sobre aumentos das remunerações de gestores. O gabinete do ministro Pedro Nuno Santos refere que em dezembro verifica-se uma redução destes encargos em 33%, em comparação com os valores de março

Contudo, Miguel Frasquilho, presidente do Conselho de Administração da TAP, anunciou também ontem que abdicou do acréscimo salarial de que usufruiu a partir da saída de Humberto Pedrosa, porque quer continuar a fazer parte das negociações sobre o futuro da companhia. 

"Porque quero estar a participar nas conversações e negociações que serão fundamentais para o futuro da TAP de forma absolutamente tranquila e sem qualquer mediatismo associado que possa prejudicar a nossa companhia de bandeira, informo que abdiquei dessas condições com efeitos à data de 28 de outubro", lê-se num comunicado enviado à comunicação social.

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