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Ventura "confiante" que AR vai aceitar suspensão do mandato de deputado

O candidato presidencial André Ventura mostrou-se "confiante" que o parlamento vai hoje votar favoravelmente o seu pedido de suspensão temporária do mandato como deputado, para que no próximo mês possa conduzir as ações de campanha.

Ventura "confiante" que AR vai aceitar suspensão do mandato de deputado
Notícias ao Minuto

06:06 - 29/12/20 por Lusa

Política André Ventura

"Apesar de reconhecer que a questão não está totalmente prevista no estatuto dos deputados, se o parlamento não me der essa suspensão o Chega fica sem voz na Assembleia da República e sem poder participar em debates importantes em questões como a eutanásia, o Novo Banco ou o Estado de emergência. Isso seria injusto", disse André Ventura à agência Lusa.

O candidato presidencial apoiado pelo Chega disse esperar que "haja bom senso" na análise da questão, para que o seu lugar na Assembleia da República possa ser ocupado temporariamente por Diogo Pacheco Amorim.

"Não se justifica criar um problema quando a lei é clara que ninguém pode ser prejudicado por se candidatar. Vou aguardar, mas estou confiante, e por muito que o parlamento possa não gostar de mim, acho que tem bom senso, e espero que a campanha [presidencial] não seja feita de casos", acrescentou.

André Ventura abordou este tema na segunda-feira à noite, numa ação de pré-campanha na Póvoa de Varzim, organizada pela distrital do Porto do Chega, onde assumiu que o primeiro objetivo para o sufrágio presidencial é garantir a disputa de uma segunda volta com o atual Presidente, e também candidato, Marcelo Rebelo de Sousa.

"Reconheço que será difícil, e que as sondagens até mostraram que numa segunda volta eu seria o candidato com mais dificuldades frente a Marcelo Rebelo de Sousa, mas também sou o que tem de mais probabilidades de o conseguir. Os debates serão fundamentais, assim como as ações de campanha", analisou.

André Ventura mostrou confiança que ficará "à frente de Ana Gomes" e que o Chega "poderá ficar com metade do eleitorado do PSD", pretendendo capitalizar esses eventuais resultados para as próximas eleições legislativas.

"O nosso desafio, independentemente de quem ganha as eleições, e o mais provável é que seja Marcelo Rebelo de Sousa, é que o eleitorado de direita se fidelize no Chega após as presidências e que estas eleições possam ser uma antecâmara para as legislativas", partilhou.

O dirigente do Chega mostrou-se satisfeito com uma recente sondagem encomendada pela televisão TVI e o jornal Observador, que o colocam como o terceiro candidato com mais intenções de voto para as eleições presidenciais de 24 de janeiro.

"Sou muito prudente em relação às sondagens, mas mostram que somos a terceira força [política] consolidada em Portugal. Temos muito trabalho a fazer, pois o partido ainda não tem estrutura consolidada no país. Não nos podemos iludir com sondagens, mas recebi os resultados com agrado", afirmou André Ventura.

À margem dos assuntos eleitorais, o elemento do Chega comentou o desenrolar do processo de vacinação contra a covid-19, deixando reparos à fase "tardia" com que a vacina chegará a grupos vulneráveis.

"Não quero ser muito crítico, mas acho que o aspeto mais negativo é no atraso para chegar aos setores mais vulneráveis, como os idosos ou doentes crónicos, que nos outros países não está a acontecer. Mas o que espero é que corra tudo bem e que possamos, rapidamente, regressar à vida normal", concluiu.

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